Visita ao Santuário da Beata Benigna Cardoso da Silva | SANTANA DO CARIRI-CE

Jornalista Lucélia Muniz – Reg 0004886/CE

Ubuntu Notícias, 22 de julho de 2024

@luceliamuniz_09     @ubuntunoticias   @meninabenigna

“Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas quem tiver sacrificado a sua vida por causa de mim esse a salvará”. (Mt 16, 24-25)

Na manhã desta segunda-feira (22), eu, Lucélia Muniz e a minha irmã Luciana França, estivemos em visita ao Santuário da Beata Benigna Cardoso da Silva. A Menina Benigna como é conhecida entre os fiéis, nasceu aos 15 de outubro de 1928 no Sítio Oiti município de Santana do Cariri-CE. Morreu como mártir aos 13 anos em 24 de outubro de 1941 e tornou-se a primeira Beata cearense, ícone no combate ao feminicídio.

Começamos a nossa visita fazendo as nossas orações no Memorial da Serva de Deus Benigna Cardoso da Silva que foi inaugurado em 24 de outubro de 2007 pelo Pároco Pe. Elias Ribeiro, tendo como Comissão Central – Sandro Cidrão, Juracildo Silva, Penha Eliodório, Carla Oliveira, João Gonçalves, Francisco Agostinho, Nadir Eliodório – e Idealizador – Ary Gomes do Nascimento. O referido memorial é todo construído em calcário, na chamada pedra cariri.

Logo na chegada nos deparamos com um grupo de fiéis e nos juntamos ao mesmo para percorrer a trilha que mostra o local do martírio da menina Benigna. Fomos conduzidos por Seu Tarcísio, morador local, guia voluntário dos fiéis que visitam o memorial localizado no Sítio Oiti, Distrito de Inhumas em Santana do Cariri.  

Percorremos uma trilha, ‘O Caminho do Martírio’, com percurso revestido em pedra calcário, sombreada pelas árvores nativas da caatinga – oitis, juazeiro, algaroba, tamboril, e flores que nascem nesta época, junto a história contada e relembrada aos presentes dia após dia – uma história de fé e devoção de uma menina de 13 anos de idade, hoje a nossa Beata Benigna. A cada parada para ouvirmos Seu Tarcísio, se instaurava um clima de fé e paz. Um misto de emoções!

No local do martírio foi erguido um cruzeiro gigante ladeado por uma estrutura circular em calcário onde consta uma placa com os dizeres do obituário escrito pelo Padre Cristiano Coelho. Nesta placa os fiéis erguem as mãos e com as mãos sobre esta, dedicam um momento para agradecer pelas bênçãos alcançadas e fazerem seus pedidos em oração.

Junto ao grupo, uma jovem usa as vestes nas cores retratadas como vestes da Beata Benigna – um vestido vermelho com estampa de bolinhas brancas. Uma estampa muito usada entre os fiéis para agradecerem suas promessas.

Ao final da trilha, após percorrermos 600 metros, avistamos o poço onde a menina Benigna pegava água em um pote logo cedinho, hábito daquela época entre os moradores locais.

Seu Tarcísio, o nosso guia, distribui água para os fiéis. De um pote ao lado do poço também retiramos a água e levamos ao rosto em sinal de fé. Dali começou o martírio de Benigna, culminado com a sua morte no local onde foi erguido o cruzeiro.

Beata Benigna, rogai por nós, protegei às nossas crianças e os nossos jovens! Heroína da Castidade, rogai por nós!