29/04/2024

Você tem noção de quantos são excluídos da educação? Com texto de Julio Cesar Rodrigues | EDUCAÇÃO

Jornalista Lucélia Muniz – Reg 0004886/CE

Ubuntu Notícias, 29 de abril de 2024

@luceliamuniz_09     @ubuntunoticias    @juliusocaesar

Julio Cesar Rodrigues - PhD em Psicologia Social; Empreendedor; Professor; Escritor; Mentor

O texto a seguir é do Escritor Julio Cesar Rodrigues:

Abordar o assunto educação nos remonta à formação do ser humano. É natural pensar que toda criança deverá frequentar a escola, pois educação deveria ser parte integrante da vida humana. Mas infelizmente não é.

Claro que muitos indivíduos não têm conhecimento do que seja este sistema que envolve tantos processos de ensinar e aprender que é a educação. Não tem a menor ideia do que seja uma escola, ou um professor. Alguns podem ter alguma noção, mas não conhecem a experiência de estar numa escola pois não faz parte de sua realidade. É aqui que começamos a pensar a inclusão.

Neste livro, tive a oportunidade de escrever sobre algo que venho refletindo e vivenciado há algum tempo: a educação inclusiva. Falar em inclusão é muito mais do que pensar no acesso de todas as pessoas à educação, mas investir nas devidas adequações para que todas as pessoas possam ter equidade social.

Inclusão deve considerar todas as possibilidades humanas na sua imensa existência. Isto quer dizer abordar cada particularidade: pessoas em situação de rua, em palafitas, às margens de rios, pessoas cujas residências estão a quilômetros de distância da escola e às vezes sem condução. Pessoas que não puderam estudar quando crianças ou adolescentes.

Pessoas com dificuldade de locomoção, com dependência de terceiros, com alguma neurodivergência ou até mesmo com superdotação. Pessoas de grupos étnicos específicos, de origens geográficas diferentes, de cor de pele, sexualidades e religiões diferentes. É pensar no mundo de oportunidades que se abre para todo ser humano quando tem acesso à educação. Pensar na educação inclusiva é pensar nas diversidades humanas.

Se educação é um direito humano básico, precisamos trabalhar para que todos possam ter acesso. Crianças, adolescentes, adultos em todas as fases, incluindo idosos. Brancos, negros, indígenas, amarelos, quilombolas, ciganos, refugiados. Homens e mulheres, cisgêneros ou não, independentemente de suas orientações sexuais, de suas origens, de suas religiões. Falamos de pessoas que merecem todo o respeito, acolhimento e acesso à educação.

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