Jornalista
Lucélia Muniz – Reg 0004886/CE
Ubuntu
Notícias, 20 de dezembro de 2023
@luceliamuniz_09 @ubuntunoticias
Mestre Antônio Rafael ocupa a Cadeira 37 da Academia de Letras do
Brasil/Seccional Regional Araripe-CE
MEU LUGAR ONDE EU VIVO
Aqui vou deixar bem claro
O que a lei de Paulo é
O que Paulo Gustavo quer
Desta terra os interrado
Não é auxilio de doença
É um auxilio pra sabença
Dos tesouros encantados
O que Paulo Gustavo quer
Que todos entrem na guerra
Mostrando que tem na terra
Que ninguém podia mostrar
Eu vou mostrar mina terrinha
Minha Tarrafas, minha rainha
A princesinha do Ceará
Essa cultura ela é
Um sistema nacional
É um projeto federal
Que vale mais do que ouro
Foi criada na Pandemia
Mas ela é forte e sadia
Pra arrancar os melhores tesouros
Em dois mil e vinte e dois
Esta lei foi aprovada
Reconhecida e sancionada
Pra começar a funcionar
195 forte
Este número é a sorte
De todo artista popular
Ela veio pra nós mostrar
Os patrimônios e as memorias
A nossa vida e nossas histórias
O que mais marcou nosso lugar
O Riacho, o rio e a serra
E os artistas da nossa terra
Do que tem eu vou mostrar
No resgate que eu faço agora
As memórias eu reativo
O lugar onde eu vivo
E os costumes regional
O passado eu não posso vortá
Mais querendo eu posso mostrar
Os grandes gênios imortal
Vou mostrar nosso valor
Que seja humano ou natural
As memórias e os memorial
Na cidade e nas ribeira
Já que falei vou da as prova
Tem o casarão da Vila Nova
E também outro em Cajazeiras
Grota, riacho e açude
Eu já contei mais de cem
Mais eu quero mostrar também
E os rios que tem em nosso chão
Os que banha eu e os que banha tu
Tem o Felipe e o Urucu
Tem o vale dos bastiões
Tem a serra dos Bastiões
A do João Paes até o Urucu
A do olho d’água até jacu
Do Cipó até Ingá
Baixa grande e Bom Jesus
Do picote que tem uma cruz
Do Umbuzeiro até o Araçás
Vou mostrar nossa demanda
Era arroz, milho e feijão
Mandioca e algodão
Que deu camisa para alguém
Tinha farinhada e tinha moagem
E uns fazendeiro de coragem
Cada um empregava cem
Era engenho e aviamento
Abraço a boi e a motor
Grande parte se acabou
Mais em quase todo canto tinha
Nestas casas de fartura
Tinha batida e rapadura
Massa, goma e farinha
Tinha as oiticica lá do rio
Que por muito foi amada
E a nossa pedra ferrada
Que tão pouco evolui
Todos estudam a pedra preta
Olham vírgula e olha letra
Mais alguém nada descobriu
E as histórias que pai contava
Da caça e do caçador
E dos compadres que se amigou
E foi lobisomem nas ribeira
E caipora e pai da mata
Que só atacava na mesma data
Era quinta e sexta-feira
Em Tarrafas nós temos
Os nossos melhores artistas
Sanfoneiro e baterista
E os melhores compositor
Tá na mídia, tá na censura
Nordeste povo e cultura
Mostrando o nosso valor
Tu não conhece nem canga
Nem pau de cambeteio
Nem um soto de aroeira
Nem uma caçamba de canafísta
Nem uma balsa de camaru
Nem um cavalete de mulungu
E ainda zomba do meu artista
Aqui nós temos a loiçeira
O ferreiro e o carpinteiro
Bons pintores e pedreiro
Alfaiate e tecedeira
Tem boiadeiro e desenhista
Bom cantores e cordenista
Tem curador e tem parteira
Tem pega de boi no mato
Boiadeiro e aboiador
Tropeiro e traquejador
Sela, sapato e chapéu
Temos corona e rabichola
De cabelo, linha e sola
Faz alfoiga e o xarel
Qualquer dia eu vou pra escola
Montado em meu jumento
Pra mostrar meu sofrimento
Do tempo que eu estudava
O material que eu possuía
E as comidas que eu comia
E a roupa que eu usava
De cavalo ou de a pé
Vou chegar na educação
De roupa velha e pé no chão
Comendo um pão salgado
A currulepa e o sapato
Que é pra mostrar o retrato
Do que eu sofri no passado
É Tarrafa dos Bastiões
É a região do cariri
Foi aqui onde eu nasci
Por aqui me apaixonei
DEUS salva a nossa terra
É Bastiões, rio e serra
Que atravessa o nosso meio
E a Tarrafa se destaca
No melhor do seu mercado
Tem ovelha, burro e gado
Porco, bode e galinha
No comércio é nota cem
Minha Tarrafas tudo tem
A nossa terra é uma rainha
Minha cidade é pequenina
Mais o comércio é regular
A nossa terra é produtiva
Lá da tudo o que plantar
Os artista é nota cem
E os populares são também
É lugar bom de se morar
Vou te dar as referências
Neste rumo tu não erra
A rua do centro é o rio
De cada lado é uma serra
Se tu passar por ali
Nunca mais tu sai dai
Da nossa querida terra.
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