Ubuntu Notícias, 26 de agosto de 2021
@luceliamuniz_09 @ubuntunoticias @agenciaclick__
Anizeuton Leite
é poeta, palestrante e professor da rede Estadual do Ceará. Natural de Jucás-CE
é graduando em História, Licenciado em Letras e Bacharel em Teologia.
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura. Membro da Academia Cearense da
Língua Portuguesa (ACLP). Autor de uma dezena de livros. Fundador da Academia
da Linguagem.
Contatos: (88) 9 9935-6073
Instagram @academiadalinguagem @anizeutonleite
EST@MOS CONECT@DOS?
Conectar é um dos verbos mais utilizados no momento. Ao utilizarmos tal verbo passamos a ideia de estarmos inseridos no mundo globalizado e tecnológico, mostramos que dominamos as ferramentas da internet e que temos algo para dizer ou compartilhar com o mundo.
Conectar, quase sempre, é usado no sentido de ligar, unir, juntar, seja pessoas ou ideais. Mas será que est@mos conect@dos? Estamos realmente unidos às pessoas? Compartilhamos vídeos, fotos e textos nos meios de comunicação, mas será que estamos compartilhando sentimentos verdadeiros? Parece que não.
Conectar a si mesmo, nesse mundo iluminado e barulhento, não é tarefa fácil. E quando não visitamos a nossa morada interior nos tornamos vazios e passamos a viver de aparências. Prova disso é que a depressão, mal desse século, tem arrasado a vida de muita gente. Pessoas que nas redes sociais parecem viver uma vida de alegria e glamour, mas em casa choram suas dores e borram a mesma maquiagem que usaram para postar mais um vídeo nas redes sociais fazendo caras e bocas.
Conectar-se as pessoas que moram ou convivem diariamente conosco também é tarefa difícil. Estamos cada vez mais juntos e ao menos tempo separados. Parece contraditório, mas não é. Pais reclamam do isolamento dos filhos, casais pouco dialogam, pois têm a atenção voltada para as mídias sociais. Recentemente uma pesquisa revelou algo assustador sobre a relação entre os celulares e os jovens. A pesquisa apontou que mais de 50% dos jovens consideram o celular o seu melhor amigo.
As relações humanas têm esfriado. O olho no olho transformou-se
num emoticon, o diálogo está minguando e a vida dura e real está sendo
substituída por anestésicos produzidos pela vida virtual. A alegria é postada
nas redes sociais, mesmo que a tristeza seja uma companheira inseparável. Enquanto isso, na frente do computador um ser sem coração e alienado
tecla mais uma mensagem.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe seu comentário mais seu nome completo e localidade! Sua interação é muito importante!