Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 07 de março de 2021
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Neste dia 08 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher e começo a escrever esta matéria e convido você para uma reflexão que deve ser diária, não se restringindo apenas a esta data. Não nos limitemos aos presentes e mensagens recebidos hoje. Os presentes – chocolates, flores, mensagens – é uma forma de carinho, de agrado, mas vamos fazer um enfoque sobre o respeito e os nossos direitos?
Ainda neste contexto pandêmico não posso deixar de lado uma questão a ser frisada em se tratando de respeito e direitos. Infelizmente em meio a esta pandemia tanto o número de homicídios de mulheres como de feminicídios foi crescente.
“Nos primeiros seis meses de 2020, 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta em plena pandemia do novo coronavírus – um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2019. O número de feminicídios, quando as mulheres são mortas pelo simples fato de serem mulheres, também teve uma leve alta. Houve 631 crimes de ódio motivados pela condição de gênero”. [G1. Assassinatos de mulheres sobem no 1º semestre no Brasil]
Pode ser impactante começar uma matéria com uma abordagem tão crua. Mas se doeu, é pra lembrar que não são apenas números, são vida ceifadas. São pessoas que tiveram sua missão interrompida, são histórias silenciadas. São famílias que carregarão para sempre uma cicatriz na alma, a dor do luto.
Quando acordamos todos os dias, temos que nos vestir de coragem! Coragem para enfrentar um mundo que nos julga desde a nossa condição de gênero. Do assédio moral ao assédio sexual. Da violência física a violência psicológica. Da rotina dos lares, as redes sociais, ao ambiente de trabalho.
“Na prática, hoje em dia, as mulheres ainda encontram problemas estruturais, antigos e novos, que dificultam a busca por igualdade social em todos os aspectos. Apesar da popularização dos debates sobre a igualdade de gêneros, o feminismo e o combate ao machismo, ainda é comum ler e ouvir relatos sobre desigualdades salariais, violência sexual, feminicídio, baixa representatividade política, entre outros”. [Estratégia ODS. Os desafios das mulheres na atualidade]
Em se tratando da luta pelos nossos direitos, a luta que já assegurou muitos direitos persiste pela garantira destes mesmos direitos. O ativismo, organizações sociais, mobilizam e fortalecem este movimento, a exemplo da Marcha das Margaridas e a das Mulheres Negras que levam milhares de militantes a Brasília para reivindicar políticas públicas.
“O feminismo é um tema que ganha cada vez mais força na sociedade brasileira. Na internet e nas ruas, mais brasileiras estão se manifestando em defesa da igualdade de gêneros e do fim da violência”. [Agência Brasil. Os desafios da mulher brasileira]
Nós não podemos “normalizar” um contexto ainda permeado de muitas injustiças e de casos/situações que ferem nossa condição humana, nossa condição de existência. Não está tudo bem, quando ainda lutamos para assegurar o que deveria ser de direito.
FONTE
Agência Brasil. Os
desafios da mulher brasileira. Acesso em 06 de março de 2021. Disponível
em: http://memoria.ebc.com.br/mulherbrasileira
Estratégia ODS. Os
desafios das mulheres na atualidade. Acesso em 06 de março de 2021.
Disponível em: https://www.estrategiaods.org.br/article/os-desafios-das-mulheres-na-atualidade/
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