09/10/2020

Discentes do Curso de Matemática da URCA criam Cartilha para ensinar Matemática a alunos surdos | INCLUSÃO

Lucélia Muniz

Ubuntu Notícias, 09 de outubro de 2020

@luceliamuniz_09 @ubuntunoticias @agenciaclick__

Com Informações da Professora Rerbelânia Pereira

Mediante as dificuldades que surdos e ouvintes têm no ensino e aprendizagem no processo de inclusão, e, em ocasião do movimento Setembro Surdo da URCA, os alunos do Curso de Matemática criaram uma Cartilha de orientação para o ensino de Matemática de maneira visual.

Ela vem com o intuito de auxiliar os professores de Matemática na educação dos alunos surdos e ouvintes, trabalhando na perspectiva inclusiva. Traz em seu teor ideias e orientações para criação de jogos e materiais didáticos que estimulam o aprendizado dos alunos surdos, possibilitando um ensino e aprendizagem com mais equidade e interação entre ambas as partes.

A ideia surgiu durante a disciplina de Libras. Além da orientação passo a passo para a criação de materiais, a cartilha reúne depoimentos de profissionais surdos que atuam na área, indicação de leitura, aplicativos facilitadores, ilustrações e dicas de blogs e canais no YouTube que trabalham na mesma perspectiva. O material complementar e os jogos lúdicos confeccionado desta cartilha tem como base a integração eficiente entre professor x alunos e alunos x alunos.

Segundo os discentes do Curso de Matemática: “Cada pessoa é ímpar, possui características e necessidades diferente. Nosso intuito é mostrar que independentemente da dificuldade entre os alunos, os professores não devem colocar isso como barreira ou fator determinante. Os alunos surdos e ouvintes possuem as mesmas capacidades, desde que trabalhado e estimulado o aprendizado e a participação em classe.”

Idealizado pela Professora Rerbelânia Pereira, o Movimento Setembro Surdo da URCA teve início no ano de 2017, com uma série de produções e homenagens voltados para a Comunidade Surda. Protagonizado pelo discentes da universidade, o movimento busca criar ações para divulgar e apoiar a causa. Sobre a cartilha ela diz que: “É importante que o professor, tente ao máximo adaptar suas aulas e planos didáticos, entendendo que uma aula na perspectiva inclusiva não é ministrar para pessoas com deficiência, mas sim uma aula em que é oportunizado a todos a chance de aprender. Isso é incluir”.

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