Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 14 de agosto de 2020
@luceliamuniz_09 @ubuntunoticias @agenciaclick_
Via E-book
2020 TENDÊNCIAS Campanhas Eleitorais da Empresa Mescla
A matéria que você
vai ler a seguir consta das informações do E-book que eu recebi em meu e-mail e
foi encaminhado pela Renata
Mendonça, coordenadora da área de pesquisa de tendências da Empresa Mescla.
Estar em um mundo
conectado ajudou a desenvolver a humanidade em várias áreas, mas criou um
paradigma curioso: o acesso à informação x desinformação. Nunca tivemos tanto
conteúdo disponível e distribuídos em vários canais diferentes. Ao mesmo tempo,
informações descontextualizadas ou falsas são disseminadas a todo momento e com
a ajuda de muitas pessoas que recebem aquela notícia de alguém de confiança,
não analisam se a mensagem é realmente verdadeira e passam adiante.
Em setores como
política, especialmente em época eleitoral, esta prática se exacerba e em
algumas vezes consegue influenciar resultados. Para as eleições de 2020, além
da disseminação de fake news, o deepfake, técnica que usa inteligência
artificial para criar vídeos que nunca existiram, é outra grande preocupação. O
desafio maior é educar a população para que ela não seja manipulada pela era da
desinformação.
No Brasil, são 9
projetos dedicados a dizer se algo é verdadeiro ou não, ou indicar escalas de
veracidade. No mundo, são 161. Durante todo o ano, os projetos se concentram em
checar as informações que circulam na web e um deles, "Aos Fatos",
tem um robô que funciona no Facebook e WhatsApp onde o usuário pode enviar uma
informação e ele ajuda a identificar a veracidade. Além disso, algumas agências
de checagem, como a Lupa, preparam novos checadores para reforçar o trabalho.
20 dias antes da
eleição presidencial da Argentina, em 2019, checadores e publicitários se
uniram para produzir um vídeo com os candidatos à presidência em situações
curiosas. O filme, que contou com técnicas de deepfake para manipular imagens e
voz, foi divulgado para alertar sobre as sofisticadas técnicas utilizadas para
enganar os cidadãos, ou seja, mostrar como as pessoas precisam desconfiar de
tudo antes de espalhar a informação. Uma ação similar foi feita também nas
eleições gerais do Reino Unido.
O Brasil tem o
seu próprio deepfaker, Bruno Sartori é responsável por uma série de paródias
que alertam sobre a técnica que está crescendo em todo mundo. Suas contas nas
redes sociais estão recheadas de materiais que mostram sua capacidade de criar
vídeos que nunca existiram ou que mesclam alguma cena real com rostos de
políticos brasileiros. A cada novo vídeo publicado percebe-se o aprimoramento
da técnica e o quanto ela pode impactar uma disputa eleitoral.
As fake news sem dúvida alguma fizeram um trabalho de desvio de atenção para temáticas relevantes nas últimas eleições. Portanto, fique de olho, antes de compartilhar uma informação verifique a veracidade da mesma!
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