Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 26 de maio de 2020
Dr. Éverton de Lima Oliveira – Clínico Geral
Penso só que temos que ter cuidado para não
negar a política. Políticos não são deuses, nem monstros; são gente de carne e
osso. Não são alienígenas, mas pessoas do nosso meio a quem nós demos um
mandato para nos representar. Então não é o caso de idolatrarmos nem
demonizarmos ninguém.
Bolsonaro é um ponto fora da curva, que foi
eleito justamente na esteira da negação da política, contra “tudo isso que está
aí”, e no final das contas, elegemos alguém que busca a negação da democracia.
Se tivéssemos ido às urnas em 2018 sem ódio (e
vou falar como petista agora), poderíamos ter eleito Alckmin, Meirelles, Álvaro
Dias, ou Amoêdo, e estaria tudo bem para mim, pois faz parte do jogo, e são
pessoas que acham a minha existência legítima, tanto quanto eu acho a delas.
Então, meu apelo não é para que se idolatre,
no meu caso, o Lula, que acerta e erra como todos nós, mas para que não sejamos
a priori antipetistas, antitucanos, antipolítica; apenas que façamos política
com a cabeça em vez de com o fígado, com empatia, buscando ouvir quem pensa
diferente de nós, estando dispostos genuinamente a evoluir com o debate, em vez
de querer “ganhar a discussão”.
Eu penso que, se começarmos a pensar a
política dessa forma, pararemos de vê-la como algo nojento, para percebê-la
como instrumento necessário para melhorarmos a vida de todos.
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