Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 16 de setembro de 2019
Via
Projeto Origem
Foto:
@brukamaroski
“Era uma tarde chuvosa, em
fase de lua crescente, nasci chorona e inquieta e gosto de pensar que foi
“Nhanderú” que soprou essa inquietação no meu peito naquele dia, ela seria
importante durante todo o meu caminho.
Fui batizada Myrian Krexu,
lua crescente em Guarani Mbyá. Aos 4 anos de idade toda essa inquietação resultou
em um braço quebrado, tudo bem, já não era mais chorona nessa época, e enquanto
minha fratura era colocada no lugar, estava muito mais interessada no processo
daquele “tal de médico” que meu pai explicou que era quem consertava pessoas.
Ganhei
três coisas naquele dia, um gesso, mingau de fubá feito pela minha avó (segundo
ela, curava todas as dores), e vontade de consertar pessoas. Foi um longo, e doloroso processo até aqui e ainda
é difícil, não foram só os olhares e discursos de ódio, foram os momentos de
exclusão, o descrédito, e o lembrete diário de que talvez o lugar “daquela
índia” não fosse ali, mas era.
Hoje posso dizer, pessoas podem ser consertadas, ao
menos o corpo e com um pouco de paciência e começando cedo, a mente, e os
preconceitos ensinados. Hoje eu conserto corações, e vou te dizer, são todos da
mesma cor”.
Lúcélia, vc teria o contato da Myrian para me passar? Sou jornalista na Globo e fiquei intessada pelo perfil dela... Agradeceria!!! Bjs lorena.barbier@tvglobo.com.br
ResponderExcluirInformação encaminhada no e-mail, OK!
ResponderExcluirNossos irmãos indígenas estão de Parabéns temos que ter muita consideração com eles eles foram os primeiros habitantes do Brasil Parabéns
ResponderExcluirlucélia, você poderia me passar o contato da Myrian? Sou estudante de medicina e queria contatá-la para uma aula. grata! beatrizsalmeida8@gmail.com
ResponderExcluirOlá! Boa noite! Tenho o Instagram @myrianveloso
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