Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 20 de agosto de 2019
Mensagem escrita pelo Prof. Bernardo
Melgaço da Silva
e-mail: bernardomelgaco@gmail.com
YouTube: Amando e Conversando com Deus
Facebook: Educação para o Terceiro Milênio
"Não
matarás" (Bíblia)
É mais fácil (e mais
"humano") guilhotinar, enforcar ou eletrocutar do que compreendermos
as causas das violências e guerras urbanas, nacionais e internacionais. "O
caminho da pena de morte e da guerra é longo e sua porta bem larga. Pois, basta
acusar, condenar e executar a sentença.
Muito simples. Eliminamos as
"pragas" daninhas do meio social. Selecionamos as "peças"
defeituosas da fabricação humana na produção social. Exterminamos as
"feras" desvirtuadas que vivem soltas em nosso paraíso terrestre.
Tudo muito simples. Basta separar o "joio" do "trigo". Selecionar
o "mau" do "bom". O "fraco" do "forte".
O "mal" do "bem". E com isso limpamos a sociedade e o
mundo, e vivemos eternamente felizes em nossas consciências humanas.
Nem é preciso consultar Deus, porque
ele não existe mesmo. ELE (Deus) é uma pura ficção das mentes fracas de pessoas
ditas religiosas. Nem é preciso consultar a história, pois ela é um passado que
queremos esquecer. E a Idade Média, nem é preciso falar dela, pois ela foi um
erro infantil. Eles, na Idade Média, eram extremamente dogmáticos e por isso
não sabiam o que faziam. Nós, agora, temos a "sabedoria" de que
precisamos para julgarmos o bem do mal.
Está muito claro para nossa visão
racional, que o mau é aquele que mata, estupra, violenta, corrompe, explode
bombas no corpo e faz mil atrocidades. Os maus são aqueles seres impiedosos que
não conversam com a vítima antes de exterminá-la. Esses impiedosos nem sabem o
que é perdão. Não sabem o que é compaixão. É, eles precisam mesmo morrer e
desaparecer.
Nós (do lado do bem) sabemos com certeza
o que é ser piedoso, fraterno, amigo e sábio. Temos todas as qualidades morais
para decidirmos quem merece viver e quem merece morrer. Não, Deus não existe.
E, se ele existisse aprovaria tudo isso que pretendemos fazer. O que
pretendemos fazer é conhecido cientificamente como "seleção das
espécies". Os fracos de valores morais devem sucumbir perante os mais
fortes moralmente.
A "seleção das espécies" da
natureza humana ocorre através dos valores morais. E como nós (do lado do
"bem") sabemos com certeza o que é um valor moral, podemos aplicar a
lei de seleção. Nada errado nisso. A ciência já provou a existência dessa lei.
Não, Deus nunca existiu. Isso é fantasia! Os religiosos não estão com nada. A
ciência, sim ela está com tudo. E temos certeza que os cientistas aprovam.
Vamos acabar com essa selvageria
humana. A violência da pena de morte e da guerra já! Todos unidos jamais
seremos vencidos! Vamos votar a violência da pena de morte. Vamos fazer um
plebiscito para um país melhor sem os violentos. E veremos que todo mundo que
assiste televisão e lê jornal votará na pena de morte e na
exclusão-exterminação dos maus. Não, a televisão e o jornal jamais incentivaram
e propagaram ideias de violência.
Os filmes de violência não incentivam
a violência, elas refletem um status quo desse mundo de violência. O povo tem
consciência de que não está sendo induzido a uma votação premeditada. O povo é
inteligente e sabe discernir entre o que é bem e o que é mal". É, gente
criei esse texto (peço desculpas pelo tom irônico do discurso) para mexer um
pouco com a mente e o coração dos senhores leitores.
No entanto, o problema é muito mais
sério do que pensamos e imaginamos. Esquecemos que a Verdade de Deus esteve
presente várias vezes entre os homens. Esquecemos o "não matarás".
Esquecemos não só isso, mas muito mais. Esquecemos Sodoma e Gomorra. Esquecemos
Roma. Esquecemos a Idade Média.
Esquecemos Jesus Cristo, Buda, Gandhi,
Charles Chapin, Einstein, Freud, Descartes, Marx, Pascal, Alan Kardec, André
Luiz, etc. Esquecemos as culturas orientais que nos falam de uma sabedoria
milenar. Esquecemos que existe um Deus. E que para "vê-Lo, compreendê-Lo e
segui-Lo", precisamos evoluir em nossa visão de mundo. Pois, a visão DELE
é muito superior a nossa.
Estamos, no momento, abandonando o
barco da sensibilidade e da inteligência, para agirmos pelos impulsos
instintivos das emoções mais carentes de valores morais. É preciso reencantar o
olhar, buscar a fé, reanimar o espírito com sabedoria e sensibilidade. Faz-se
necessário o perdão, a compaixão e a compreensão. Glória a ti Einstein que uma
vez disse: "Raros são aqueles que olham com os seus próprios olhos e
sentem com sua própria sensibilidade".
Glória a ti Jesus Cristo que uma vez
disse: "Vim para trazer luz aos cegos, e cegar os que estão vendo"
Glória a ti Kafka que uma vez disse: "Da vida se tira vários livros, mas
dos livros se tira pouco, bem pouco a vida" Glória a ti Buda que uma vez
disse: "O louco que se diz louco esse tem algo de prudente, mas o louco
que se diz sábio esse está realmente louco" Glória a ti D.Juan (índio
mexicano) que uma vez disse: "O trabalho que se faz para ser infeliz é o
mesmo para se fazer feliz"
Glória a ti Gandhi que uma vez disse:
"O único tirano que aceito em minha vida é uma voz interior doce e
suave" Glória aos verdadeiros sábios que perceberam com humildade que a
vida transcende o que nós mortais humanos chamamos de "vida". Glória
a esses sábios que com suas inteligências e sensibilidades decifraram um pedaço
da consciência de Deus. E viram encantados a beleza da vida em cada ser humano
independente de qualquer classificação de bem e de mal.
Esses homens transcenderam os homens
comuns racionais-instintivos. Eles transcenderam a visão de mundo da humanidade
racional. Duvido que esses grandes sábios, com todos esses conhecimentos
acumulados aprovassem a pena de morte. E você também aprovaria?
"Obrigado Senhor (Deus-Pai), pela
luz azul que saíram dos meus dois olhos. Obrigado Senhor pela
"energia"-Amor que captei (com as pontas dos meus dedos) e que meu
coração também se manifestou num êxtase magnífico. Obrigado Senhor pelo que
vivenciei da dualidade ego-Self (percepção-consciência), e que me mostrou
quanto é a nossa ilusão do "outro".
Obrigado Senhor pela sua voz doce e
suave que embalou meu ser num momento extremamente difícil de crise
existencial. Obrigado Senhor pelo perfume de sândalo que invadiu o meu
apartamento, impregnou minha roupa e exalou em meu hálito. Esse sândalo era o
teu hálito meu Deus-Pai. A luz que vi era tua luz. A voz que ouvi era tua voz.
Os princípios que vivenciei eram teus princípios. Obrigado por todos os
fenômenos que vivenciei, e mesmo se eu quisesse relatá-los todos não
conseguiria descrevê-los".
Escrevo para todos aqueles que
acreditam que o universo tem suas próprias leis naturais (não humanas), e para
aqueles que acreditam que existe um Criador (Deus) para essas leis ou
princípios. Einstein disse: "Deus não joga dados!". E nem faz
estatística! Porque ele é a fé e a consciência holística do universo. E, Deus
não aplica pena de morte, pois Deus é a própria vida. Ou melhor, ELE é a PENA
DE VIDA.
A pena de morte é o próprio homem na
sua visão de reino humano. O Reino de Deus é a glória à Vida independente de
qualquer avaliação e contexto de bem e mal. "Quem tiver ouvidos,
ouça" (Jesus Cristo) "O valor aplicado sobre o próprio valor gera
autovalor" (K.Marx) A violência aplicada sobre a própria violência gera
autoviolência.
E se Carlos Drumond de Andrade
estivesse presente fisicamente, ele diria: "E agora José? José, para
onde?". Que caminho seguir? E a consciência?: "Não julgarás. Não
condenarás" (Jesus Cristo). Vamos atirar a "primeira pedra"? E
depois vamos esperar o "juízo final"? Com certeza a PENA DE VIDA virá
junto com o juízo final. A VERDADE É SUTIL Sabemos com certeza o que são "valores"
humanos? Podemos "saber" se o mundo em que estamos vivendo é de
ideias de valores?
Como podemos "saber" se
estamos raciocinando ininterruptamente, enquanto os verdadeiros valores estão
simetricamente oposto a este caminho de racionalização? Como podemos julgar a
falta de valores em alguém se não sabemos como esses falsos valores penetraram
na psique desse "réu"? Quem pode julgar a visão de mundo que
contamina a todos já nos berços de infância?
Quando julgamos uma pessoa, julgamos a
visão de mundo da civilização como um todo. O pensamento não é apenas uma
descrição ou uma forma de idealizar o mundo, mas antes de tudo ele é ENERGIA. E
como tal propaga de indivíduo para indivíduo principalmente quando vivem
inconscientes de si mesmos.
A realidade é muito mais complexa do
que a nossa vã filosofia e a nossa vã ciência possam imaginar. Daí que, quem
tem o poder de julgar e condenar os atos de alguém? A partir de que lei e de
que causa? "Sei que nada sei", disse um grande sábio da Antiguidade.
Eu também, acreditava em muitas coisas.
Hoje, aprendi (com uma pequena menina
pobre) "que não sabia que não sabia. E que, agora, sei que posso
aprender". Sinceramente, não quero ser Juiz de ninguém! Tudo é possível de
ser verdadeiro até que se descubra a Verdade de Deus-Pai. Homem de Boa Vontade.
Escutai! Busque a Consciência. É o conselho que faço para que mais tarde não
tenhas que condenar a ti mesmo. Pois, o "outro" somos nós mesmos. Não
acredite apenas. Procure vivenciar os princípios de Deus-Pai, latentes na sua
própria consciência.
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