Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 26 de abril de 2019
Via BIBLIOO Cultura Informacional
Conheça a obra que indaga qual seria o destino de uma sociedade
que, fascinada pelos avanços tecnológicos, abolisse livros
Todos
sabem que os livros são fundamentais e possuem uma grande importância no
desenvolvimento da sociedade e para o crescimento intelectual do indivíduo. As
obras literárias, sejam didáticas ou de ficção, também permitem que o ser
humano registre fatos importantes, crie histórias e, assim, dão a oportunidade
de repassar tudo isso às sociedades posteriores, atuando como portador de
conhecimento e informação.
Além
da enorme relevância de disseminar conhecimento de geração em geração, o livro
abre portas para a liberdade criativa de cada novo autor que se lança no
mercado editorial. A cada obra um universo completamente novo é apresentado ao
leitor, sempre com novas histórias a serem descobertas.
O Dia Mundial do Livro
Nesse
dia 23 de Abril, comemora-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, a
data criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a
Cultura (Unesco) visa encorajar as pessoas, especialmente os jovens, a
descobrirem os prazeres pela leitura e conhecerem a enorme contribuição dos
autores através dos séculos.
A
Unesco instituiu a comemoração no ano de 1995, em Paris, durante o XXVIII
Congresso Geral. O dia 23 de Abril foi escolhido por ser a data da morte de
três grandes escritores da história: William Shakespeare, Miguel de Cervantes e
Inca Garcilaso de La Vega.
Como
foi citado, os livros são verdadeiros companheiros, desde a infância até a fase
adulta e, claro, agregam infinitamente. Mas o que você faria se os livros
fossem terminantemente proibidos? Ao longo da história da humanidade, é
possível identificar alguns períodos onde as obras literárias foram perseguidas
e proibidas como, por exemplo, na Alemanha Nazista e na Ditadura Militar
Brasileira. Poderia isso acontecer novamente?
A
obra “O Silêncio dos Livros”, escrita pelo Doutor em Ciências Jurídicas,
promotor e fotógrafo Fausto Luciano Panicacci, narra a história de um tempo
futuro onde os livros são considerados “antidemocráticos”, e tê-los é
considerado crime em diversos países!
Nesse
novo cenário, não há espaço para leitores e muito menos escritores. Aqui,
o leitor acompanha a chegada do misterioso Santiago Pena à Vila Nova de Gaia,
em Portugal, onde conhecerá Alice, uma garota desprezada pelos pais. Sonhadora
e apaixonada por histórias, a menina fica obcecada por um caderno de anotações
que Santiago carrega e acidentalmente deixa cair. Curiosa, a garota passa e
ficar mais e mais interessada pelas anotações do rapaz.
De
maneira surpreendente, a história desse estrangeiro enigmático, da menina
abandonada, de um editor corajoso e de uma fotógrafa inspirada se interligam.
Juntos, eles arriscam a própria liberdade para manter um perigoso segredo. Em
meio a suspense, resistência e aventura, o livro carrega profundas reflexões
sobre os paradoxos da condição humana.
Alternando-se
entre a perspectiva de uma curiosa menina e a de um enigmático homem, O
Silêncio dos Livros trata de amor, paixão, amizade, egos, dores latentes e
cicatrizes, e é, sobretudo, uma autêntica declaração de amor à Literatura.
Ficha técnica
Título:
O Silêncio dos Livros
Autor:
Fausto Luciano Panicacci
ISBN:
978-85-8442-392-7
Páginas:
256
Formato:
16×23 cm
Sobre
o autor: Fausto Luciano Panicacci é Doutor em Ciências Jurídicas pela
Universidade do Minho (Portugal). Formado em Direito (Largo São Francisco,
USP), estudou Fotografia, História do Cinema e História da Arte. Além de O
silêncio dos livros (romance), é autor de Naufrágios (coletânea de contos e
poemas), e de obra jurídica. Promotor de Justiça e escritor, foi professor de
pós-graduação no GVLaw da FGV/SP. Integra os grupos literários O que restou e
Library.
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