Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 01 de setembro de 2018
Última
presidenciável entrevistada pelo Jornal Nacional, a candidata Marina
Silva (Rede) passou a quase meia hora de entrevista na quinta-feira
(30) explicando suas alianças e capacidade de liderança. A presidenciável da
Rede, candidata pela terceira vez, foi
questionada sobre como pretende convencer o eleitor de que tem as qualidades de
líder para comandar o país, tendo enfrentado dificuldades para criar o partido
e com saída em massa de cofundadores e parlamentares de seu partido apenas
alguns anos após a criação da sigla. “Ser líder não é ser dono do partido”,
disse, defendendo mais uma vez o diálogo com quadros de diferentes partidos,
incluindo os ex-integrantes da Rede.
Marina
também insistiu em propor “diálogo” ao ser questionada por evitar o que chamou
de “pacotes” sobre temas que defende, como a reforma da Previdência. Os apresentadores
do telejornal da Rede Globo a instaram a responder por que, como candidata,
Marina evita debater com “propostas concretas” e não assumir posições claras.
Para ela, as pessoas estranham quando um candidato afirma que vai dialogar. “O
Brasil vem de uma cultura do pacote”, disse a candidata, que acrescentou ainda
que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e seu vice, atual presidente da
República, Michel Temer (MDB), não apresentaram propostas, e sim “jogaram um
pacote na cabeça dos brasileiros, discutido apenas com empresários”.
Marina
também foi perguntada sobre as alianças regionais da Rede com partidos que ela
critica, como PT, PSDB e MDB. O apresentador William Bonner chegou a ler uma
lista de estados em que a Rede se coligou com as siglas. “Pessoas boas estão em
todos os partidos”, disse a candidata, que afirmou ainda que agora há
candidatos que copiam sua posição, em referência a Geraldo Alckmin (PSDB), que
tem adotado a mesma linha de defesa de sua aliança com os partidos do chamado
Centrão. Ao ser questionada sobre se as alianças não eram incoerentes,
Marina reclamou que é “engraçado” como cobram dela capacidade para fazer
alianças, mas reclamam quando ela se aproxima de algumas siglas. “Incoerência é
fazer aliança por tempo de televisão”, completou.
A
candidata finalizou a entrevista relembrando a trajetória e afirmando que como
mulher, negra, de origem humilde e alfabetizada aos 16 anos, era vista como uma
“exceção”. Se eleita, afirmou, não governará um país de exceções, e sim de
regras. Colaborou
Rodrigo Zuquim
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