Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 15 de julho de
2018
Companhia
das Letras
Descrição: Chimamanda Ngozi Adichie
ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira
vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. “Não era um
elogio. ‘Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o
terrorismo!’.” Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o
termo e – em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes
porque nunca se casaram, que são “antiafricanas” e que odeiam homens e
maquiagem – começou a se intitular uma “feminista feliz e africana que não
odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para
os homens”. Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência
pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito
até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz
respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas
poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os
meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de
masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela
autora no TEDx Euston e foi musicado
por Beyoncé . Leia um trecho do
livro: A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante
que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um
mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo
mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma
maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira
diferente.
Livro adquirido na Conceito Livraria Café em
Nova Olinda-CE.
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