Lucélia
Muniz
Ubuntu
Notícias, 06 de julho de 2018
Via El País
Após gol
contra e vacilo em contra-ataque no primeiro tempo, seleção brasileira cai nas
quartas de final. Belgas pegam a França na semifinal
O
Brasil foi
derrotado por 2 a 1 pela Bélgica nesta
sexta-feira, em Kazan, e está eliminado da Copa do Mundo Rússia 2018.
Na semifinal, os belgas, invictos há 23 jogos, enfrentarão a França,
que venceu o
Uruguai em Nizhny Novgorod. Na etapa inicial, apesar da seleção ter
ensaiado uma pressão em jogadas de bola na área, os belgas abriram dois gols de
vantagem. O primeiro, contra, de Fernandinho,
e o segundo com De Bruyne,
aproveitando contra-ataque puxado por Lukaku
e a inesperada desorganização da então melhor defesa do Mundial.
Com uma abordagem mais conservadora, o técnico Roberto Martínez surpreendeu ao
barrar Mertens e Carrasco e lançar Fellaini e Chadli entre os titulares,
aumentando ainda mais a estatura do time e protegendo os zagueiros. Por outro
lado, Tite apostou na volta de Marcelo pela esquerda. Para a vaga
de Casemiro, suspenso, o treinador optou por Fernandinho.
Logo
nos primeiros minutos, a ausência do volante do Real Madrid se mostrou
determinante para o colapso do sistema defensivo brasileiro. Além do gol
contra, Fernandinho abandonava seu posto com frequência e concedia espaços aos
contragolpes belgas. Em um deles, De Bruyne, seu companheiro de Manchester
City, não perdoou.
No
segundo tempo, em desvantagem no placar, a seleção voltou com Firmino no lugar
de Willian. Ao contrário da vitória contra o México, o meia-atacante pouco
produziu. Neymar e
Philippe Coutinho também estiveram abaixo em relação a outros jogos,
assim como Gabriel Jesus, que terminou a Copa sem marcar nenhum gol. O Brasil
chegou a reclamar de dois pênaltis, mas não foi dessa vez que o árbitro de
vídeo deu uma forcinha para compensar a falta de inspiração no ataque.
Correndo
atrás do prejuízo, a equipe de Tite teve mais posse de bola e o triplo de
finalizações (26 a 8), exigiu pelo menos duas boas defesas de Courtois, mas só conseguiu
marcar aos 30 minutos com Renato Augusto – que
substituiu Paulinho –, de cabeça, após cruzamento de
Coutinho. Somadas à suspensão de Casemiro, as falhas custaram caro a um time
que se notabilizava pela regularidade e solidez na defesa.
Coroando
o grande
potencial de sua geração de ouro, a Bélgica tem, até aqui, uma
campanha quase perfeita no Mundial, além do melhor ataque da competição: 14
gols. Destaque do
time, o centroavante Lukaku marcou quatro vezes na Copa e deu a
assistência para De Bruyne no segundo gol diante do Brasil. O encontro com a
França promete um embate à altura das seleções mais jovens e promissoras desta
Copa.
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