A campanha #NãoÉNão ganha as ruas no mês do Carnaval (Foto: Mídia Ninja) |
Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 08 de fevereiro de 2018
Via Fundo Brasil de Direitos Humanos
por Cristina Camargo
Tatuagens
temporárias dão o recado: #NãoÉNão. Saiba mais sobre o apoio do Fundo Brasil às
lutas das mulheres
O
Carnaval do #NãoÉNão começou em janeiro do ano passado, quando um grupo de
amigas iniciou uma mobilização contra o assédio sofrido nas ruas e festas
durante os dias de folia. Elas conseguiram arrecadar dinheiro suficiente para a
produção e distribuição de quatro mil tatuagens temporárias, distribuídas de
graça no Rio de Janeiro.
Os
adesivos #NãoÉNão fizeram muito sucesso como uma forma de estabelecer o limite
do que é paquera e do que é assédio. A ideia é que os corpos das mulheres,
violados em tantas situações dentro e fora do Carnaval, sejam outdoors
da luta por uma sociedade mais justa e sem machismo.
O
sucesso da mobilização motivou o grupo de amigas a voltar com ainda mais força
neste 2018. Elas organizaram uma campanha de financiamento coletivo em que as
colaboradoras e colabores contribuíram para a distribuição de adesivos no
Carnaval do Rio, São Paulo, Salvador e Recife.
“Mais
que uma frase ou um grito de guerra. É a criação de um escudo que empodera a
mulher. Devolve a ela o direito ao próprio corpo e o poder de fazer com ele o
que bem entender”, dizem as organizadoras.
O
#NãoÉNão conquistou a adesão de carnavalescas famosas, como as atrizes Leandra
Leal e Mariana Ximenes, do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que desfilou no
domingo do pré-Carnaval de São Paulo. O #NãoÉNão também o mote de uma campanha
contra o assédio realizada pela Camtra – Casa da Mulher Trabalhadora, no Rio. (...)
Violência
No
Carnaval de 2017, foram registrados 2.132 casos de violência contra a mulher –
mais de 500 casos por dia. Na festa deste ano, a mobilização
#2018ComTodosOsDireitos, realizada pelo Fundo Brasil, lembra que o respeito
deve estar ao lado da diversão. (...) Os direitos das mulheres são apoiados
pelo Fundo Brasil. A violência sexual é um dos problemas que fazem parte do dia
a dia das brasileiras e não apenas no Carnaval.
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