Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 24 de janeiro de 2018
Via G1
Alvaro
Dias (Podemos)
Alvaro Dias cumpre o quarto mandato de senador (três consecutivos desde
1999 e um de 1983 a 1987). Entre 1987 e 1991, foi governador do Paraná. Começou
a carreira política no PMDB. Depois passou por PST e PP, até se filiar ao PSDB,
em 1994. Em 2001, foi expulso do PSDB, por agir contra orientações do partido,
mas retornou em 2003 e voltou a sair em janeiro de 2016, para entrar no PV.
Anunciou a pré-candidatura à Presidência da República em novembro, durante
evento do Podemos no Rio de Janeiro.
Arthur Virgílio e Geraldo Alckmin (PSDB)
O atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, se elegeu
deputado federal pela primeira vez em 1982 pelo PMDB. Em 1988, no PSB, foi
eleito prefeito de Manaus. Um ano após a eleição, migrou para o PSDB, partido
que ajudou a fundar. Voltou à Câmara dos Deputados, eleito em 1994 e reeleito
em 1998. Ocupou o posto de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no
governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, se elegeu senador. Voltou a ser
prefeito de Manaus, eleito em 2012 e reeleito em 2016. Em outubro de 2017,
enviou carta ao PSDB anunciando a intenção de disputar com o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, a indicação para ser o candidato do partido a
presidente da República.
Médico
de formação, Geraldo Alckmin começou a carreira pública em Pindamonhangaba,
onde se elegeu vereador em 1973. Depois, foi prefeito da cidade e deputado
estadual e federal por São Paulo. Em 1986, se elegeu deputado constituinte
federal. Em 1988, deixou o PMDB, partido que integrava até então, para fundar o
PSDB. Em 2001, assumiu o governo de São Paulo após a morte do então governador
Mário Covas. Se reelegeu em 2002. Em 2006, disputou a Presidência e perdeu para
o então presidente Lula. Em 2010, elegeu-se novamente para o governo de São
Paulo, reeleito em 2014. Em dezembro de 2017, foi eleito presidente nacional do PSDB e anunciou a
pré-candidatura para o Palácio do Planalto.
Arthur
Virgílio propõe que a escolha do nome do PSDB seja por prévia, o que não está
decidido.
Ciro Gomes (PDT)
Atual vice-presidente do PDT, Ciro Gomes foi ministro da
Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período do final do governo
de Itamar Franco e início do de Fernando Henrique Cardoso. Foi também ministro
da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro
mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Disputou a Presidência duas vezes
(1998 e 2002, derrotado em ambas). Foi governador do Ceará, prefeito de
Fortaleza e deputado estadual e federal pelo Ceará. Já se filiou a sete partidos
(PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS e PDT),
Cristovam Buarque (PPS)
Cristovam Buarque é ex-governador do Distrito Federal (1995 a
1999) e ex-ministro da Educação (2003-2004, no primeiro mandato do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Exerce o segundo mandato de senador.
É formado em engenharia mecânica, tem mestrado em ciências econômicas e
doutorado em economia e desenvolvimento. Também já foi reitor da Universidade
de Brasília (UnB), entre 1985 e 1989. Antes de entrar no PPS, foi filiado ao PT
e ao PDT.
Eymael (PSDC)
José Maria Eymael disputou quatro vezes a Presidência da República (1998,
2006, 2010 e 2014, derrotado em todas). Deputado federal constituinte, Eymael
exerceu dois mandatos na Câmara (entre 1987 e 1995). Em 2012, disputou a
Prefeitura de São Paulo, ficando em 11º lugar, com 5,3 mil votos. Eymael está
no PSDC desde 1962 (à época PDC). Ficou conhecido pelo jingle "Ey, Ey,
Eymael, um democrata cristão", lançado em 1985 quando se candidatou a
prefeito de São Paulo pela primeira vez. É o atual presidente do PSDC.
Fernando Collor (PTC)
Fernando Collor de Mello cumpre o segundo mandato consecutivo
como senador por Alagoas. Ele se elegeu em 2006 e se reelegeu em 2014. Foi
prefeito de Maceió (1979-1982), deputado federal (1982-1986) e governador de
Alagoas (1987-1989). Em 1989, foi o primeiro presidente da República eleito
pelo voto direto após a ditadura militar. Permaneceu no cargo até 1992, quando
sofreu um processo de impeachment. Collor anunciou a pré-candidatura em 19 de janeiro deste
ano em discurso em Arapiraca (AL).
Jair Bolsonaro (PSL)
Jair Bolsonaro é militar da reserva e cumpre o sétimo mandato
consecutivo como deputado federal. Em 5 de janeiro, anunciou filiação ao PSL e pré-candidatura a presidente pelo partido, nona
legenda à qual se filiou. É réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal por suposta prática de apologia ao crime de estupro e por injúria.
Em 2014, ele afirmou que não estuprava a deputada Maria do Rosário (PT-RS)
porque ela "não merece". Em razão do episódio, o Supremo Tribunal Federal abriu em 2016 ação penal contra o deputado.
A defesa argumentou que ele tem imunidade parlamentar e não incentivou outras
pessoas a estuprar.
João Amoêdo (Novo)
João Amoêdo fez carreira como executivo de empresas. Formado
em Engenharia Civil e Administração, teve a maior parte da atuação profissional
em instituições financeiras. Em 2011, passou a integrar o Conselho de
Administração da construtora João Fortes. Também em 2011, participou da
fundação no Partido Novo. É um dos idealizadores da sigla, que presidiu até
julho de 2017, quando deixou a função para anunciar pré-candidatura à Presidência da República.
Levy Fidelix (PRTB)
Formado em jornalismo, Levy Fidelix foi candidato a
presidente da República em três eleições (1994, 2010 e 2014), mas nunca chegou
ao segundo turno. Trabalhou na campanha de Fernando Collor à Presidência em
1989 e, desde então, também disputou eleições para deputado federal por São
Paulo, vereador e prefeito, mas jamais se elegeu. Em 2014, prometeu que, se eleito presidente, acabaria com
os impostos sobre remédios. Em 26 novembro de 2017, lançou pré-candidatura para
disputar a Presidência pela quarta vez.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O metalúrgico e ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva
pretende se candidatar à Presidência pela sexta vez. Fundador do PT em 1980,
foi o primeiro presidente do partido. Em 1986, se elegeu deputado federal
constituinte por São Paulo. Presidente da República por dois mandatos
consecutivos (2003-2006 e 2007-2010), conseguiu eleger como sucessora a ex-ministra Dilma
Rousseff, que se reelegeu em 2014 e governou até 2016, quando sofreu impeachment. Por unanimidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado pela 8ª
Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Manuela D'Ávila (PC do B)
Jornalista, Manuela D’Ávila iniciou a carreira política no
movimento estudantil. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes
(UNE) em 2003. Em 2004, se elegeu vereadora em Porto Alegre. Dois anos depois,
em 2006, foi eleita deputada federal, reeleita em 2010. Desde 2015, é deputada
estadual no Rio Grande do Sul. A pré-candidatura à Presidência da República foi anunciada
em 5 de novembro de 2017 pelo PC do B.
Marina Silva (Rede)
Marina Silva foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e
senadora pelo mesmo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Ela se licenciou do
Senado de 2003 a 2008, quando ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente no
governo Luiz Inácio Lula da Silva. Filiada ao PT desde 1986, deixou a legenda
em 2009 para se filiar ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência em
2010, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Em 2014, se candidatou
novamente, desta vez pelo PSB. À época, era vice na chapa encabeçada por
Eduardo Campos, mas assumiu a candidatura após a morte dele em um acidente
aéreo. Ficou em terceiro lugar. Anunciou pré-candidatura à Presidência em 2 de dezembro de
2017 durante encontro do partido Rede, do qual é fundadora.
Valéria Monteiro (PMN)
Jornalista e ex-apresentadora do Jornal Nacional e do
Fantástico nos anos 1990, Valéria Monteiro se filiou ao PMN em 12 de janeiro,
em ato na Câmara Municipal de São Paulo. É dona de uma produtora. Em setembro,
quando ainda não estava filiada a partido político, anunciou que pretendia disputar a Presidência da
República.
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