“Sem medo de andar na rua, pois a rua é o seu quintal
Todo mundo tem direito à vida, todo mundo tem direito igual
Travesti, trabalhador, turista, solitário, família, casal
Todo mundo tem direito à vida
Todo mundo tem direito igual” (LENINE)
Sobre leis municipais que visam impedir o debate sobre gênero
nas ecolas:
1. As
câmaras municipais podem legislar sobre diretrizes de bases da educação?
NÃO. “A Lei
Municipal fere, tragicamente, princípios basilares previstos na Constituição
Federal, notadamente os princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade,
da informação e o da vedação ao retrocesso social. Além disso, compete
privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação, o que
torna o Município, terminantemente, ilegítimo para tanto”. (nota da Ordem dos
Advogados do Brasil-OAB/CE, subseção de Crato 23/10/2017);
2. Existe
uma disciplina ou matéria nas escolas chamada “ideologia de gênero”?
NÃO. A
sexualidade humana, reprodução, inclusive das plantas e dos animais são
estudandos em diversas disciplinas como a Biologia, por exemplo;
3. Debater
gênero na Escola é “ensinar as crianças a serem homossexuais”?
NÃO.
Homossexualidade, transexualidade não são algo que se “ensine”. O que é
necessário que se ensine é o respeito à vida de TODOS os seres humanos,
princípio fundamental assegurado pelo artigo 5º da Constituição Brasileira: “todos
os cidadãos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”;
4. Não
fazer o debate de gênero “protege as crianças e adolescentes”?
NÃO. Pelo
contrário, contribui para a sexualidade precose (estimulada pelos meios de
comunicação), gravidez na adolescencia, DSTs. Além disso, deixa as crianças e
adolescentes despreprados para identificar abusos e violação dos seus direitos,
como pedofilia, por exemplo;
5. Não
fazer o debate de gênero “protege a família”?
NÃO e muito
menos a parte mais sensível desta “família”: crianças e adolescentes, visto que
mais de 70% dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes são
cometidos no interior desta própria família por pais, padastros, tios e até
avós;
6. Quais
são as consequências de não se fazer o debate sobre gênero nas escolas?
O Brasil é o país com um dos maiores índices de violência
contra a mulher: a cada 11 minutos, uma mulher brasileira é violentada, além de
ser o país que mais mata a população LGBT. Não fazer o debate de gênero na
escola é contribuir para a cultura/prática do ódio e da violência, como a que
ocorreu contra os(as) manifestantes contrários(as) ao projeto, na câmara
municipal do Crato, no dia da votação. Repudiamos todo e qualquer projeto de
lei que interfira na autonomia da Escola e que tira direitos constitucionais
assegurados.
Assinam
este documento: Frente das Mulheres de Movimentos do Cariri, GRUNEC,
Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher Cratense, Conselho LGBT de Juazeiro
do Norte, Conselho Municipal de Defesa da Mulher – Juazeiro do Norte e Frente
Escola Livre.
Ressalva
Ontem (09) através das redes sociais, o Secretário da
Educação do Estado do Ceará, o Senhor Idilvan Alencar deixou a seguinte
mensagem: “Nossa linda
Nova Olinda não merece ser exemplo nacional de escuridão. Respeitem os professores e ajudem a criar cultura da tolerância e paz na
sociedade . O debate é para evitar preconceito racial, sexual e religioso.”
0 comments:
Postar um comentário
Deixe seu comentário mais seu nome completo e localidade! Sua interação é muito importante!