“Recordar é viver
E viver é recordar”
Quem dera que a saudade não
fosse abstrata? Ah se não fosse! Iria congelar vários momentos e vez por outra
iria visitá-los! Infelizmente até o que é físico se rende ao tempo: a árvore
que brincávamos quando éramos crianças, a casa de nossos avós e até mesmo aquela
sensação boa do cheirinho de nossa comida preferida exalando na cozinha.
Como nossa vida é fugaz! E os
momentos parecem diluir-se diante de nossos olhos! Nostalgia! Talvez um pouco
de nostalgia! Mas, foram as cicatrizes nas pernas que me ensinaram o quanto eu
era forte e podia explorar muitos caminhos.
E quando corria sem rumo nem
imaginava a quantidade de escolhas que teria a fazer ao longo da vida. Ora, nem
todo caminho serve! E uma das coisas que permeia e afaga a minha alma é lembrar
do cheirinho de café adoçado com toda ternura pela minha avó.
Manhã de orvalho, as flores
do jenipapeiro que parecem pequeninos copos amarelos! E os cabelos coloridos
das bonecas de milho era um convite ao exercício de cabeleireiro.
É hora de colocar um ponto
final. Mas, antes quero dizer que no baú da memória posso guardar essas
recordações e o tempo não vai tirar isso de mim. Mesmo com cabelos grisalhos quero
dizer que a qualquer momento vai sair uma criança correndo de dentro de mim. E
onde irão me encontrar? Talvez quando visitarem minhas memórias!
Lucélia Muniz
– 20/10/2017
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