O filme brasileiro – O Filho
Eterno – do Diretor Paulo Machline retrata a relação dos pais diante do
nascimento do filho com Síndrome de Down. A expectativa do primeiro filho e
junto com a alegria do nascimento da criança a reação dos pais diante do
diagnóstico de uma criança Down.
O contexto do filme se dá na
década de 80, onde as crianças diagnosticadas com Down, eram denominadas de
mongoloides, um termo carregado de preconceito.
A mãe, uma jornalista, é retratada como a pessoa que encara a situação
no enfrentamento de cada dificuldade vendo a superação pelo amor materno
dedicado a educação da criança.
O pai, escritor, por sua vez
decepciona-se diante do diagnóstico da criança e chega a torcer para que a
mesma morra. Da convivência retratada no filme é possível perceber a relação de
afeto da criança e a mãe e o distanciamento do pai que declara não conseguir
amar o próprio filho.
Desse distanciamento, o pai
também passa a abandonar o casamento mantendo uma relação extraconjugal e
encarando as limitações do filho com vergonha. O mesmo em determinada situação
chega a negar que a criança seja seu filho.
O ápice do filme se dá no
momento em que mãe e pai diante de uma discussão expõem como lidam com as
limitações do filho. A mãe ressalta como passou a amar cada vez o mais o filho
ao silenciar o pai que não consegue amá-lo.
A ideia de perder para
aprender a valorizar vem à tona na cena em que por um ato de distração sob os
cuidados do pai, a criança desaparece. Diante do desespero ao tentar encontrá-lo
e da angústia causada pela sensação de perdê-lo, o pai, começa a perceber o
quanto ama o filho.
Percebe-se ao final do filme,
o divórcio dos pais da criança, a guarda compartilhada onde os mesmos passam a
conviver com a criança ainda que estando separados.
E a redenção se dá com a
atenção do pai dedicada ao filho e diante de uma final de Copa do Mundo a
comemoração dos dois lado-a-lado mostrando o desfazer-se de qualquer indiferença.
O filho que vê o jogo da seleção brasileira junto ao pai comemorando gol a gol,
mostrando uma relação afetiva de pai e filho.
Cada criança carrega em si
suas limitações, o amor de fato é o melhor remédio para educá-las, só assim
iremos prepará-las para lidar com os obstáculos do mundo.
Uma criança com Down pode e
deve socializar-se e nós podemos fazer a diferença na vida dessas
crianças!
Lucélia Muniz da França
REVISÃO DO TEXTO - *Professora Francisvania
Constantino Gonçalves
(*Graduação em Letras/Especialização
em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e Africana)
Trailer do Filme
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