Um abraço de
mãe é; confortável, indispensável, um belo refúgio e verdadeiro. Uma
palavra de mãe é; suficiente, eficiente, sempre certa, dita na hora certa,
também confortável e indispensável. A cama de mãe é; onde estão os lençóis mais
cheirosos, onde você pega no sono assim que se deita, a mais fofa dentre todas
as que existem, mesmo que tenha um colchão de tábua é sempre a mais
confortável.
Amor de mãe
é; verdadeiro.
Agora
imagine viver sem TUDO isso.
Imagine como
seria deitar na cama e não mais sentir o cheiro recente dela. Imagine precisar
de uma palavra de conforto, porém, receber apenas palavras indiferentes.
Imagine querer um lugar para se abrigar, e até encontrar um abrigo, mas ninguém
que te abrigue.
Quando se
perde uma mãe, não só se perde uma mãe; se perde o único abraço verdadeiro.
Possa ser que existam outros abraços (abraços de outros) assim, mas... você
nunca terá a certeza de que os outros são verdadeiros tanto quanto. Você fica
sem saber a quem pedir conselhos ou de quem aceitar, pois, o conselho de mãe é
sempre dado para que você não erre ou não cometa o mesmo erro, é para que você
seja alguém na vida, já os outros conselhos (conselhos de outros) você também
não tem como saber se são verdadeiros ou bem-intencionados tanto quanto.
Quando se
perde uma mãe, aquela cama já não é mais a mesma. Não mais lhe traz sono,
apenas saudades. Na gramática da vida de quem perde a mãe, o termo (status)
órfão é sinônimo de perdido. Quando se perde a mãe, se descobre que o
melhor despertador não é aquele em que se ajusta a hora e se houve um trililim,
mas sim aquele que diz "acorda menino, é hora de levantar".
E quem faz
as coisas com um único objetivo; dar orgulho...?
Imagine...
Você conclui os estudos, entra na faculdade/universidade, tudo para ser aquilo
que sua mãe sempre quis que você fosse; médico (a), professor (a), engenheiro
(a)... Alguém na vida, com um futuro que não seja tão incerto. De repente...
Sua mãe se vai para todo o sempre. A quem dar orgulho? A quem dizer “eu
não disse que eu iria conseguir?!” e pior ainda... De quem você irá
ouvir: “eu sabia que você iria conseguir!”. Depois que se perde a mãe, o
jeito é acreditar que ela está vendo tudo “lá de cima” e, mesmo não estando ao
nosso lado, sentirá orgulho do mesmo jeito, do contrário, nada iremos fazer já
que a mulher à qual queríamos dar orgulho já não está mais entre nós.
Muitos
filhos aprendem a valorizar as suas mães só depois que as perdem. É quando a
vontade de querer voltar no tempo para fazer tudo diferente aparece. Sabe
aquele filho que bateu o pé e fez cara feia quando sua mãe pediu para que fosse
à venda da esquina comprar algo? Então... Esse filho, hoje sem mãe, daria tudo
para que ela estivesse aqui, nem que pra isso ele tivesse que ir até Plutão
comprar aquilo que ela pediu certa vez. Cara feia? Não! Jamais! Ele nem
esperaria ela pedir. Se antes era ela quem vivia no pé dele para que ele
fizesse alguns favores para ela, hoje seria ele quem viveria no pé dela
perguntando o tempo todo se ela está precisando de algum favor.
Os filhos
que ainda têm a sorte de terem suas mães por perto não têm noção da raiva que
os filhos que já perderam as suas sentem ao vê-los batendo o pé, fazendo cara
feia, resmungando, respondendo a altura tentando se igualar, rejeitando
conselhos dados por elas, rejeitando carinhos ao invés de recebê-los e
retribuí-los, etc. Nossa... Se os filhos que ainda têm suas mães soubessem a
falta que faz aqueles beijos na bochecha que elas adoram dar em público e que
eles consideram vergonhosos... Se soubessem, valorizariam mais. BEM MAIS!
DEMAIS ATÉ!!!
Enquanto
muitos reclamam o fato de suas mães sempre marcarem presença em horas
impróprias, como encontros de amigos, por exemplo, os filhos que já perderam
imploram para vê-las ao menos em sonhos e, reclamam com a morte por ter sido
audaciosa ao deixá-los sem elas. Vivem fazendo perguntas e nunca obtêm
respostas. A mais frequente é; “porquê a tiraram de mim?”. E algumas
outras são:
Porque ele
que não dá valor a mãe, ainda tem mãe e eu não tenho? Porque sinto inveja
quando vejo uma mãe abraçando um filho? Porque sinto ódio quando vejo um
filho rejeitando o carinho da mãe? Porque Deus não adiou a passagem dela?
Dessa forma ela se orgulharia de mim por ter me visto terminar os estudos, me
formar, construir uma família...
Porque ela se foi há anos, mas ainda sinto como se tivesse sido ontem?
Há filhos
que perderam suas mães há 1 ano, 5, 10, 20, 30 anos, mas a vontade de
reencontrá-las é a mesma de sempre, senão maior, a durabilidade da tristeza que
sentem é proporcional ao tempo em que elas se foram, senão mais.
Todos os
filhos que já perderam suas mães aconselham:
. Não espere
ela pedir, ofereça antes.
. Não
reclame, apenas abaixe a cabeça, pois ela sempre está com a razão. Pode até ser
que não, mas... Você é inferior. Se ela diz que está, então você está. Não
espere que ela se vá para todo o sempre para aceitar isso.
. Não
duvide. Vindo dela sempre será a mais pura verdade!
. Não bata o
pé! Bata palmas para tudo que for feito por ela.
. Não
rejeite a presença de sua mãe, pois nada nem ninguém irá compensar a ausência
dela.
. Não seja
impaciente com os momentos depressivos dela, pois, você talvez seja a causa
disso e, mesmo que não seja, tente ser, além de filho, amigo, e dê o que ela
precisa; atenção, carinho, etc.
. Nunca
pense que os favores que são pedidos por ela têm como objetivo te fazer de
escravo “só pelo fato dela ter te posto no mundo”. Você tem uma dívida com sua
mãe no valor de R$ ser 1 bom filho.
. Nunca rejeite os carinhos e os conselhos. Todos eles são dados para te fazer feliz e para te proteger, nem que para isso ela tenha que fazer o possível e o impossível.
. Nunca rejeite os carinhos e os conselhos. Todos eles são dados para te fazer feliz e para te proteger, nem que para isso ela tenha que fazer o possível e o impossível.
Vale frisar: Não faça como muitos que só aprenderam a dar valor depois que perderam.
Não entre nesse time, é triste demais! Faça muito por ela e, quando/se você
perdê-la, verá que poderia fazer ainda mais.
Não tenho
filho, mas tenho certeza de que não há felicidade maior para uma mãe do que
saber que é amada pelo filho e ainda mais quando ele demonstra isso. Felicidade
pra ela, nenhum esforço pra você! Por tanto... Se você tem a sorte de ter
sua mãe ao lado, desfrute desta sorte e não só diga que a ama como também demonstre,
sempre, sempre, sempre!
VOZ DA EXPERIÊNCIA!
Rezo para
ver Maria
Constância da França Muniz ao menos
em sonhos, mas isso raramente acontece e, quando acontece, eu não sinto o
cheiro, não ouço a mesma voz, no entanto, obtenho a certeza de que de algum
modo ela continua comigo. Transformou-se em meu anjo-da-guarda e em minha maior
razão para dormir!
Juliana Ladeira
Recifense, estudante de Jornalismo, e Webdesigner.
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