Data do lançamento 12 de março de 2015 (1h 39min)
Diretor: Richard Glatzer, Wash Westmoreland
Elenco: Julianne Moore, Alec Baldwin, Kristen Stewart |
País
de origem: EUA/França
Gênero Drama
Não recomendado para menores de 12 anos
Adaptado
do romance de Lisa Genova “Para Sempre Alice”
(Ediouro), o longa-metragem homônimo conta a história da renomada
linguista Alice Howland, bem casada e mãe de
três filhos, que aos 50 anos começa a esquecer as palavras e logo descobre
sofrer de Alzheimer de Instalação Precoce.
Por Juliana Varella
Depois de algumas visitas ao neurologista,
Alice descobre que tem um tipo raro de Alzheimer – um tipo genético, que, além
de atacar muito mais cedo que o comum, pode estar adormecido em um dos seus
filhos. Dói só de pensar, não? Espere, fica pior.
A
doença não transforma seu portador de uma hora para a outra, mas evolui lentamente e
traiçoeiramente. Alice, portanto, tem consciência de seus erros e seus
esquecimentos e sente-se humilhada por eles – afinal, sua identidade era a de
uma mulher extremamente culta e segura. Agora, sua fala está cada vez mais
confusa, ela não consegue encontrar o caminho do banheiro e teme o dia em que
esquecerá o nome da filha mais velha.
O
filme tem o mérito de não escolher a tragédia como ponto final, mas sim
inicial: o Alzheimer serve de gatilho para a discussão de temas universais como
a noção de identidade, a percepção do outro, a adaptação da família, o amor
incondicional e valores que muitas vezes deixamos de questionar, como o
dinheiro e o estudo.
É certo continuar priorizando o trabalho diante da perda iminente de
alguém? É certo, por outro lado, abandonar a rotina para esperar a evolução
natural da doença? Como continuar sendo Alice, quando Alice não se reconhece
mais? “Para Sempre Alice” consegue evitar o melodrama intrínseco das histórias
de enfermidades e mostrar um outro lado da situação – mais verdadeiro e mais
difícil. Porque encarar a mudança pode ser mais duro do que enfrentar a perda,
mas, no processo, aprende-se que, mesmo sem a memória e sem a articulação que
antes a definiam, a vítima de Alzheimer continua viva, continua humana e
continua amando e sendo amada.
Trailer
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