A Anistia Internacional lançou na quarta-feira (22) seu
relatório anual “O Estado dos Direitos Humanos no Mundo 2016/17”,
que traz um panorama sobre avanços e retrocesso na agenda de direitos em 159
países.
Na região das Américas, um dos
destaques foi o aumento da violência - o continente abriga os dez países com as
maiores taxas de homicídios no mundo. É preciso
destacar a força das mulheres - mães, irmãs, companheiras de vítimas da
violência - na linha de frente de toda denúncia e mobilização por justiça. Seja
no Brasil, Estados Unidos ou Jamaica, são estas vozes femininas que lutam
contra a impunidade, como é o caso de Shackelia Jackson, que teve seu irmão
morto aos 27 anos pela polícia jamaicana e estava presente no debate "Mulheres Negras na Resistência e Mobilização por
Direitos Humanos" no lançamento do relatório anual.
Jurema
Werneck, fundadora da ONG Criola, abriu a mesa no seu primeiro evento
como diretora executiva da Anistia Internacional, e falou sobre o que é ser
mulher negra no Brasil e sobre sua trajetória desde a faculdade de medicina,
até o dia de hoje, à frente de uma organização internacional. Depois de dizer
que todas e todos aqueles que estavam ali na mesma luta fazem parte de sua
família, destacou a força das mulheres negras para seguir em frente.
“Ser mulher negra no Brasil é enfrentar todo dia a necessidade de
confrontar o peso e a força desse inimigo chamado racismo. Este inimigo chamado
sexismo. Este inimigo chamado pobreza e exclusão. (…) É ter seu filho morto e
não esmorecer. Enfrentar a dor, a luta cotidiana, mas sabendo da dor do
sofrimento da luta é pensar em uma nova alternativa.”
Vilma
Reis, com ampla experiência na luta contra o encarceramento em massa
da juventude negra e periférica, é socióloga e ouvidora geral da Defensoria
Pública do Estado da Bahia. Durante toda a sua fala, nos remete a grandes nomes
da história do movimento negro no Brasil e no mundo, como Lélia Gonzales,
Ângela Davis, Carlos Mariguella e Ana Maria Gonçalvez. Ela comoveu a platéia e
convocou todos e todas a resistirem contra retrocessos. “Senhores do
século XIX querem governar o mundo no século 21, mas nós não vamos deixar!” ,
afirmou.
“Quando
a bala chega em nosso corpo, o racismo e o sexismo já nos atingiram”,
destacou Vilma, que fez duras críticas ao racismo nas instituições, à
intolerância religiosa e ao conservadorismo, e foi aplaudida de pé pelo
auditório.
Sueli
Carneiro, fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra e integrante do
Conselho Consultivo da Anistia Internacional foi a mediadora dos debates e ao
final de cada fala, trazia mais acúmulos:
“São mulheres negras que falam em nome de vítimas, são mulheres negras
que falam por si mesmas, são mulheres negras que falam por todos e todas nós.
Elas carregam em seus corpos as marcas e os estigmas das múltiplas formas de
opressão e por isso mesmo são também e ao mesmo tempo portadoras dos requisitos
indispensáveis para emancipação de todas e todos nós.”
FONTE:
Anistia Internacional Brasil
LUCÉLIA,
ResponderExcluirsou seu seguidor e a convido para conheçer o nosso novo blog, o sexto em dez anos de blogosfera, o titulo é:MULHER BURRA NÃO SEGURA HOMEM.
O link é http://paulotamburropaulo.blogspot.com.br/ (COPIE E COLE)
Participe e entenda as razões do blog.
Espero por você .
Um abração carioca.
Visita retribuída em seu blog! Um abraço!!!
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