Depois de Feliz ano velho, a luta de uma família pela verdade. Eunice
Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Beyrodt Paiva,
esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos,
viu-se obrigada a criá-los sozinha, quando em janeiro de 1971, Rubens Paiva foi
preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto.
Em meio à dor e às incertezas, ela se reinventou. Voltou a estudar,
tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente
das câmeras. “Foi a minha mãe quem ditou o tom, ela quem nos ensinou”, escreve
Marcelo Rubens Paiva neste relato emocionante sobre o passado, as perdas e a
volta por cima.
Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer,
ele fala também de memória, da infância e do filho. E mergulha num momento
sombrio da história recente brasileira para contar – e tentar entender – o que
de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.
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