21/11/2016

Banco do Brasil anuncia fechamento de agências e plano de aposentadoria

Segundo o banco, 402 agências serão desativadas. Plano de aposentadoria incentivada prevê atingir 18 mil funcionários.

O Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou no domingo (20) um conjunto de medidas de reorganização institucional, que será implementado ao longo do próximo ano, que prevê o fechamento de agências e um plano de extraordinário de aposentadoria incentivada, disse o banco estatal em fato relevante.

Após a reorganização da rede de atendimento, 379 agências serão transformadas em postos de atendimento e 402 serão desativadas, disse o banco, acrescentando que as mudanças não vão comprometer a presença da instituição nos municípios em que atua.

"A economia anual com despesas administrativas, exceto pessoal, é estimada em 750 milhões de reais, sendo 450 milhões de reais decorrentes da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões da redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras", disse o banco.

Aposentadoria incentivada
Também foi aprovado um plano de aposentadoria incentivada, com período de adesão voluntária até 9 de dezembro, que tem como público alvo 18 mil funcionários que já reúnem as condições para se aposentar. O BB disse que vai divulgar o impacto financeiro do plano de aposentadoria incentivada após o período de adesão.

Para incentivar a adesão, o banco vai oferecer valor correspondente a 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que varia de 1 a 3 salários, dependendo do tempo de empresa. O período de adesão ao plano vai até 9 de dezembro. Depois disso, o banco vai divulgar o impacto financeiro do plano.

O BB também vai oferecer redução de jornada de 8 para 6 horas diárias a 6 mil assessores da direção geral e superintendências, com objetivo de diminuir em 16,25 por cento o salário médio.

Simultaneamente ao processo de redução de agências, o banco pretende abrir 255 unidades de atendimento digital em 2017. Com isso, o banco espera elevar dos atuais 1,3 milhão para 4 milhões o número de clientes atendidos por esse canal até o fim do ano que vem.
FONTE: G1 Economia
Para a Profª Drª Laudeci Martins – Mestre em Economia – em conversa com alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Regional do Cariri (URCA), a mesma postou em uma rede social que:
“Hoje conversei com os alunos da graduação em economia sobre a restruturação produtiva do Banco do Brasil, que reduzirá em 16% o número de trabalhadores. Uma situação difícil de se tratar no universo de pessoas que almejam atuar em um campo, onde o setor bancário público sempre foi uma opção muito interessante. Com veemência, discutimos a profundidade da crise e seus fatores internos e externos. Findamos cientes que precisaremos de pelo menos uma década para a retomada do crescimento e reposição dos milhões de empregos perdidos recentemente.
É tempo de parcimônia, poupança, planejamento e luta pela desarticulação desse modelo de governo, pois embora as justificativas das reestruturações produtivas se centrem na eficiência técnica, é importante afirmar que nessas situações vigoram muito mais as decisões políticas”.

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