#NãoTáTranquilo
#NãoTáFavorável
Quem são os defensores de
direitos humanos?
Quem, então, com tantos a
ignorarem os seus direitos mais básicos, assegurará que os direitos humanos
sejam promovidos, protegidos e se tornem realidade? Para responder a essa
pergunta podemos inspirar–nos naqueles que fizeram a diferença e ajudaram a
criar os direitos humanos que temos hoje em dia.
Estes humanitários defenderam os
direitos humanos porque reconheceram que a paz e o progresso nunca podem ser
alcançados sem eles. Cada um deles, de um modo significativo, mudou o mundo. Martin
Luther King, Jr., quando defendia os direitos das pessoas de cor nos Estados
Unidos durante a década de 1960, declarou: “Uma injustiça em qualquer lugar é
uma ameaça para a justiça em todo o lugar.”
O grande defensor da resistência
pacífica à opressão, Mahatma Gandhi, descreveu a não–violência como “a maior
força à disposição da humanidade. É mais poderosa que a mais poderosa arma de
destruição idealizada pelo engenho humano”.
Lutando intensamente contra a
perseguição religiosa na França do século XVIII, Voltaire escreveu: “Desaprovo
o que diz, mas defenderei até à morte o seu direito de dize–lo.”
Thomas Jefferson, a fonte de
inspiração e autor da Declaração da Independência Americana, declarou que “O
cuidado da vida humana e felicidade, e não a sua destruição, é o primeiro e
único objetivo da boa governação.”
Pelo menos
24 defensores de direitos humanos foram assassinados no Brasil nos quatro
primeiros meses deste ano. Desses, 21 defendiam direitos agrários e faziam
parte de movimentos e organizações de luta pela terra.
Os dados
foram levantados pelo Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos
Humanos – grupo formado por entidades da sociedade civil, como a Artigo 19,
Justiça Global, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Conselho Indigenista Missionário
(Cimi).
O
levantamento foi enviado, por meio de denúncia, à Organização das Nações Unidas
(ONU) e à Organização de Estados Americanos (OEA) com o objetivo de pressionar
o governo brasileiro na proteção dos defensores e na responsabilização dos culpados
pelos crimes. O primeiro documento foi encaminhado às organizações no dia 8 de
março. Mas dois foram enviados nos dias 11 e 27 de abril, totalizando o relato
de 22 mortes.
É a primeira
vez que o comitê faz o levantamento, por isso não há dados do ano passado. Em
todo o ano de 2015, foram registrados 50 assassinatos no país relacionados a
conflitos fundiários, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que faz o
monitoramento desde 1985. De acordo com a CPT, 90% dos casos ocorreram nos
estados do Maranhão, Pará e de Rondônia.
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