A Ditadura Militar foi um período
marcado pela extrema supressão dos direitos civis, políticos e sociais. Para a
sua derrocada na década de 80, foi necessário que o povo empreendesse grandes
mobilizações em busca da redemocratização do país. Este lapso temporal marca a
efervescência dos movimentos sociais, que buscavam pressionar o Estado para a
formação da Constituinte, o que veio a se concretizar com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Este ano devemos nos mobilizar
mais uma vez, para que, conscientemente, possamos destituir das prefeituras
todos os “novos coronéis” que fazem da máquina pública um instrumento a seu
serviço. A ditadura no Executivo municipal é, hoje, um dos piores males da
política brasileira. Nesta esfera há um total desrespeito aos princípios
constitucionais explícitos no art. 37, caput da Carta Magna de 88. E o povo,
alienado, aplaude aos atos imorais praticados por prefeitos e vereadores.
Além da necessidade de renovar o
Executivo, precisamos fazer uma varredura no Legislativo municipal. Este é, sem
dúvida, o mais importante entres poderes de Estado. Os vereadores são
responsáveis pela edição e votação das normas gerais e abstratas, as leis, pela
fiscalização do Executivo, dentre outras atribuições. Não precisamos de
vereadores que acatam ordens e votam projetos de interesse do administrador
(prefeito).
Para Rousseau, “nunca existiu
verdadeira democracia, e nunca existirá”. Isso é verdade.
No entanto, precisamos
restabelecer o objetivo fundamental da democracia, o bem comum da coletividade
administrada, entendendo que os órgãos públicos não devem ser usados para
favoritismo político. Em nenhum dos seus 250 artigos a Constituição Federal
determina que os cargos de confiança devam ser ocupados por familiares do
prefeito, assim como, não há artigos que rezem a lealdade do agente público ao
mesmo. Independentemente de ser agente público, todos os cidadãos têm direito
ao voto livre, direto e secreto.
Em outubro deste ano, precisamos
manifestar o voto contrário ao atual modelo de administração em prática. Não
sejamos lacaios desses coronéis. Quanto mais os defendemos, mais se fortalece o
poder de manipulação desses sobre as necessidades do nosso povo.
A mudança depende do seu voto!
Francisco Pedro
Assistente Social na Prefeitura
Municipal de Itapajé/ Conselheiro na Comissão Pastoral da
Terra/ Militante na Pastoral da
Juventude Rural/ Estuda Pós-graduação em Direito Público na Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais/ Tem Bacharelado em Serviço Social
pela instituição de ensino Unileão - Centro
Universitário Leão Sampaio.
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