É o mais
recente livro do autor que hoje é considerado um dos mais importantes do Reino
Unido. A protagonista da história, juíza da Vara de Família, vive um furacão em
sua vida pessoal, enquanto tem de tomar difíceis decisões judiciais que
envolvem religião e moralidade.
Não é um
livro muito volumoso! Foi lançado a menos de cinco anos, mas já desfrutou de
muitos momentos de fama.
A personagem
central é Fiona Maye, uma juíza do Tribunal Superior especialista em Direito da
Família. Ela é conhecida pela “imparcialidade divina e inteligência diabólica”,
na definição de um colega de magistratura.
Mas seu
sucesso profissional esconde fracassos na vida privada. Prestes a completar
sessenta anos, ela ainda se arrepende de não ter tido filhos e vê seu casamento
desmoronar.
Assim que seu marido faz as malas e sai de casa, Fiona tem de lidar com o caso de um garoto de dezessete anos chamado Adam Henry. Ele sofre de leucemia e depende de uma transfusão de sangue para sobreviver. Seus familiares, contudo, são Testemunhas de Jeová e resistem ao procedimento.
O dilema não se resume à decisão judicial. Como nos demais casos que julga, Fiona argumenta com brilho em favor do racionalismo e repele os arroubos do fervor religioso. Mas Adam se insinua de modo inesperado na vida da juíza. Revela-se um garoto culto e sensível e lhe dedica um poema incisivo: “A balada de Adam Henry”.
Os sentimentos despertados pelo garoto a surpreendem e incomodam. A crise doméstica e o envolvimento emocional com Adam - que oscila entre a maternidade reprimida e o desejo sexual - desarrumam sua trajetória de vida exemplar, trilhada com disciplina espartana desde a infância.
“Um estudo assombroso sobre o amor em crise e uma mulher madura no limite de suas forças.” - Robert McCrum, The Observer
Sobre o autor do livro
Poucos
autores de língua inglesa são mais importantes na atualidade do que Ian McEwan.
Em quarenta anos de carreira, ele compôs marcos da literatura contemporânea,
como Amor sem fim (1997), Amsterdam (1998) e Reparação
(2001).
Seus livros são conhecidos pela precisão da prosa, pela atmosfera de suspense e estranhamento e também pelas viradas surpreendentes da trama, que puxam o tapete do leitor ao final do livro.
Nos últimos anos, o traço decisivo de sua literatura tem sido a defesa da racionalidade científica contra os fundamentalismos religiosos. É esse o embate que está no cerne de A balada de Adam Henry.
“A leitura de um bom livro alimenta a alma e engrandece
nossas emoções.”
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