Somos vermelhos da cor de sangue
jorrado em fábricas e campos e na
luta por melhores condições de vida. Sangue humano!
Sabemos, sim, do verde das matas.
Sabemos, sim, do amarelo do ouro.
Sabemos, sim, da ganância.
Sabemos do Pau-Brasil, vermelho!
Mais que nacionalistas,
brasileiros!
Braseiros, brasas, chama
vermelha!
A primeira bandeira a sonhar
nossa liberdade era um triângulo mineiro, vermelho!
Temos fogo na alma!
Não amarelamos de medo.
Temos sangue no olho, vermelho!
O sangue das mulheres, dos
índios, dos negros, dos gays, das lésbicas, das minorias que são rebeldes
porquanto rebeldia sejam atos de amor, suas cores, estão lado a lado com o
vermelho sangue.
Ao verde, a esperança.
Ao vermelho, a certeza!
PARE!
Não atravesse o sinal fechado pela massa.
Não atravesse o sinal fechado pela massa.
Nada pode aplacar a coragem do
gesto
que possui ideais e não planos.
Que possui caminhos, não
estratégias.
Que sonha o futuro e não promove
o pesadelo.
Que veste as ruas de vermelho
para proteger o verde e o
amarelo!
22 de março de 2016, final da
noite, 31 de março final de tarde Juazeiro do Norte, Cariri. Recitado pela primeira vez na Praça Siqueira Campos
na cidade do Crato, em 31/03/2016.
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