Um pouco da história da Eletricidade
A partir de agora, iniciaremos o
estudo da Eletricidade, uma das partes mais fascinantes da Física. É através
dela que se explicam muitos fenômenos que nos cercam no dia-a-dia. Os raios são
descargas elétricas. A lâmpada da sala de aula, os ferros modernos de passar
roupa, a televisão e o telefone celular, por exemplo, têm o seu funcionamento
explicado por ações elétricas.
O estudo da eletricidade
originou-se de algumas observações realizadas aparentemente no século VI a.C.,
quando gregos teriam identificado os primeiros fenômenos elétricos. Ao que tudo
indica Tales de Mileto, um filósofo, após ter atritado um pedaço de âmbar com
pele de animal, verificou que o primeiro passou a atrair objetos leves, tais
como a pena de uma ave.
Por alguns séculos, o estudo da
eletricidade não evoluiu quase nada. No século XVI, William Gilbert, um médico
inglês, verificou que não somente o âmbar, mas diversas substâncias se
eletrizavam ao serem atritadas, tais como diversas resinas, vidros, enxofre,
entre outros compostos sólidos.
Através do fenômeno da
eletrostática nos sólidos observou-se a propriedade dos materiais isolantes e
condutores.
Como em grego a palavra âmbar é
elektron, ele chamou esses materiais de elétricos. Daí nasceu também o nome de
eletricidade para esse ramo da Física.
O francês Du Fay verificou que
havia dois tipos de eletricidade, fazendo a seguinte experiência:
- Ao atritar o âmbar com um
pedaço de lã, este se eletrizava e repelia outro pedaço de âmbar igualmente
eletrizado.
- Do mesmo modo, ao atritar o
vidro com um pedaço de lã, este se eletrizava e repelia outro pedaço de vidro
igualmente eletrizado.
- No entanto, o vidro eletrizado
atraía o âmbar eletrizado.
Assim se nomeou a eletricidade do
vidro de vítrea e a das demais substâncias de eletricidade resinosa.
Benjamin Franklin, um importante
cientista do século XVIII, foi quem nomeou de positiva a eletricidade vítrea e
de negativa a resinosa.
Otto Von Guericke (1602-1686)
inventou o primeiro dispositivo gerador de eletricidade estática, que era
constituído de uma esfera giratória composta de enxofre com o qual foi
conseguida a primeira centelha elétrica através de máquinas.
A partir de 1933, Robert J. Van
de Graaff (1901-1967) construiu as primeiras máquinas eletrostáticas modernas,
que produzem diferenças de potencial de vários milhões de volts, usadas para
acelerar partículas.
O estudo da eletrostática (carga
em repouso) se intensificou, tanto no meio acadêmico como no industrial, após
vários acidentes ocorridos em indústrias de petróleo e química, no período de
1950 a 1960.
O acúmulo de cargas
eletrostáticas normalmente pode gerar faíscas, levando a drásticas consequências
quando na presença de substâncias inflamáveis, como gases, explosivos,
solventes voláteis entre outros. Essas substâncias são principalmente
encontradas em refinarias de petróleo, indústrias químicas e de alimentos.
Outro setor onde ocorrem problemas com cargas eletrostáticas é o de fabricação
de componentes microeletrônicos. Vários componentes eletrônicos são danificados
devido à eletricidade estática que surgem durante o processo de fabricação e de
embalagem.
Na aviação, a eletricidade
estática é fator relevante à segurança das aeronaves. Um avião, por exemplo,
após aterrissar necessita ser descarregado estaticamente, pois a tensão
desenvolvida pode facilmente ultrapassar 250.0 volts. Nos automóveis também
ocorre a eletrização quando estes são submetidos a grandes velocidades ao ar
seco, podendo seus ocupantes ao sair ou entrar no veículo tomarem uma descarga
elétrica.
Em 2003 ocorreu um acidente que,
presume-se, foi causado pela descarga de uma centelha estática num foguete
brasileiro na base aeroespacial de Alcântara, cuja explosão causou a morte de
diversos técnicos e engenheiros.
Cargas eletrostáticas podem ser
geradas simplesmente pelo fato de pessoas andarem sobre certos pisos isolantes
ou atritar a roupa durante um movimento normal.
A maneira mais eficiente de
eliminar o perigo eletrostático é eliminar os materiais altamente
eletrostáticos.
Por exemplo, uma sala onde o
acúmulo de cargas pode trazer danos, a prevenção contra cargas eletrostáticas
requer piso com condutividade aceitável, garantindo que as pessoas estejam em
efetivo contato elétrico com o piso por meio de um calçado antiestático.
FONTE: Ebah
Bem legal a iniciativa! Meu falecido companheiro era engenheiro eletricista e eu o bombardeava de perguntas sobre o assunto e aprendi bastante com ele (sei me virar em pequenos consertos...).
ResponderExcluirUm beijo