05/11/2015

A relação transversal dos saberes afro-indígenas cearenses na prática curricular da escola

“A transversalidade diz respeito à possibilidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). A escola vista por esse enfoque, deve possuir uma visão mais ampla, acabando com a fragmentação do conhecimento, pois somente assim se apossará de uma cultura interdisciplinar.”

A partir da definição e da compreensão da transversalidade na escola é possível entender a importância do trabalho interdisciplinar. Não se deve atribuir a função de trabalhar os saberes afro-indígenas apenas às disciplinas da área de humanas, por exemplo. É essencial buscar em cada disciplina atribuir aos conteúdos, temáticas pertinentes aos saberes afro-indígenas, seja a partir da nossa própria localidade ou da nossa região.

Como descrito em texto do site Brasil Escola, “os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para a sociedade contemporânea.”

Faz-se necessário, portanto, resgatar e buscar apoio didático para fomentar nosso trabalho enquanto educadores junto aos nossos alunos no sentido de resgatar a história das nossas raízes africanas e indígenas.

Ainda neste mesmo texto do site Brasil Escola é reforçado que os Temas Transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que aparecem transversalizados em áreas determinadas do currículo, que se constituem na necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na escola. Alguns critérios utilizados para a sua constituição se relacionam à urgência social, a abrangência nacional, à possibilidade de ensino e aprendizagem na Educação Básica e no favorecimento à compreensão do ensino/aprendizagem, assim como da realidade e da participação social. São temas que envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade, preocupando-se também em interferir na realidade para transformá-la.

Sendo assim, os mesmos atuam como eixo unificador, em torno do qual organizam-se as disciplinas, devendo ser trabalhados de modo coordenado e não como um assunto descontextualizado nas aulas. O que importa é que os alunos possam construir significados e conferir sentido àquilo que aprendem.

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