Confraternizo com os responsáveis
pelo ENEM de 2015 por apresentar como tema da redação que foi aplicada na tarde
deste domingo (25/10) o debate sobre a violência.
Intitulado "A persistência
da violência contra a mulher na sociedade brasileira" sem dúvida alguma
fez com que 7.746.261 mil jovens - dos quais 4.458.265 (57,5%) são do sexo
feminino - refletissem sobre esta epidemia da violência contra a mulher,
reflexo de uma sociedade patriarcal e machista.
Ter este tema debatido no Enem -
a segunda maior prova de acesso ao Ensino Superior do mundo, ficando atrás só
de um realizado na China- é um avanço para toda a sociedade quebrar com a
banalização da cultura da violência.
A construção de uma pátria
educadora se faz a partir da discussão de questões que mudam mentalidades e com
isso, provocam mudanças culturais e rompem paradigmas. A escolha deste tema, o
levou para dentro de quase 8 milhões de famílias brasileiras. Isso é algo de
fundamental importância.
Não tenho dúvida da enorme
contribuição para a sociedade quando no ENEM um exemplo de excelência e
qualidade abraça essa causa de tolerância zero com a violência. Com essa
atitude de colocar o tema como redação, vimos reforçada a luta de 12 anos da
Secretaria de Políticas para as Mulheres para a transversalidade das questões
de gênero no governo federal.
Eleonora Menicucci
Secretária Especial de Políticas para as
Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
Você acha que a cor azul é só para os meninos e a rosa, só para as meninas? Na sua casa, após o almoço de domingo, as mulheres vão limpar a cozinha enquanto os homens vão ver televisão? Se você respondeu positivamente a essas perguntas, então está na hora de sua família reavaliar alguns conceitos e costumes. "Os pais têm de mostrar dentro de casa que não é para o menino ir jogar futebol enquanto a menina ajuda a mãe na cozinha. Ambos devem ajudar na cozinha e ambos podem ir jogar futebol". A educação para a chamada igualdade de gêneros ou, em outras palavras, a igualdade entre homens e mulheres, é uma tarefa que deve começar em casa. Crianças que aprendem que meninos e meninas devem ter direitos, deveres e oportunidades iguais serão adultos que saberão respeitar o outro, independentemente do fato de ser homem ou mulher. diz Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
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