“Identidade, Território e Corporeidade Afro Brasileira
e Indígena”
Hoje (20) foi realizado
através da 18ª CREDE – Coordenadoria Regional da Educação – o primeiro dia da
Formação em Ensino de História e Cultura Afro Indígena Cearense na EEEP Violeta
Arraes Alencar Gervaiseau de Crato-CE.
A Formação acontece no
período da manhã e da tarde e conta com palestras, mesa redonda e apresentações
artísticas.
Sobre a Formação:
“O espaço escolar, assim como
outros espaços sociais, não está isento da visão discriminatória acerca dos
índios e negros, sendo que por vezes a escola reproduz a visão de determinadas
parcelas da sociedade, desse modo com o intuito de mudar essa situação, foi
aprovada a lei 10.639/03, que obriga o ensino da História e Cultura Africana e
Afro-brasileira, e posteriormente a lei 11.645/08, que complementava a
primeira, acrescentando a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura
Indígena.”
Em cumprimento a essas leis é
que está sendo realizada a 1ª Etapa da Formação em Ensino de História e Cultura
Afro-Indígena Cearense que acontece nos dias 20 e 21 de agosto de 2015.
Cada escola da 18ª CREDE
encaminhou dois professores para estarem participando da referida Formação.
Representando a EEFM Padre Luís Filgueiras estive presente juntamente com a PCA
da Área de Humanas, a Professora Lucimar Macedo.
No período da manhã tivemos a
Palestra – Recortes da Lei 10.639/03 com Dayze Carla Vidal da Silva do Grupo de
Mulheres Negras Cariri (Preta Simoa). A mesma começou falando da necessidade de
se (re)Conhecer a Lei 10.639/03, bem como, de suas tensões e possibilidades. Ainda
discutiu alguns impasses, tais como:
- A Formação da Sociedade
Brasileira;
- Peculiaridade do Ceará;
- Formação de Professores;
- E, Currículo excludente.
Destacou as possibilidades de
Implementação da Lei 10.639/03 de forma transversal e interdisciplinar
utilizando-se de nossa sensibilidade e responsabilidade enquanto educadores ou
militantes.
Também assistimos a Palestra –
Territoriedade Indígena no Cariri Cearense, Lei 10.845/08 com João do Crato. O
mesmo versou sobre o nosso reconhecimento enquanto descendentes indígenas. E,
ainda destacou questões referentes ao povoamento e História que remontam a
nossa descendência indígena.
No período da tarde podemos
conferir a Palestra - Territoriedade Negra e/ou quilombola no Cariri Cearense
com Verônica, militante do GRUNEC CARIRI.
Ela nos falou sobre os
motivos da constituição e fundação do GRUNEC, destacando um mapeamento, ou
seja, o trabalho de identificação que foi feito aqui no Cariri com o intuito de
identificar as comunidades quilombolas. Sendo que este trabalho também se
configura como uma forma de estar resgatando a identidade dos povos quilombolas
em nossa região.
Ainda no período da tarde
assistimos a Palestra Arqueologia Pré-histórica do Cariri com Heloisa Bitú
representando a Casa Grande de Nova Olinda. Entre os vários aspectos abordados
foi destacado a dinâmica dos achados arqueológicos, bem como, a cultura
imaterial (lendas, músicas, etc.) relacionando aos estudos e pesquisas
realizados através da Fundação Casa Grande. Com as descobertas arqueológicas
veio o crescimento da cultura material. Destacou a importância das pinturas
rupestres, acervo em cerâmica e os sítios arqueológicos para o desenvolvimento
de estudos e pesquisas. Terminou sua fala se voltando para a necessidade da
preservação dos sítios arqueológicos bem como da educação patrimonial a ser
desenvolvida junto aos morados destas localidades.
A maioria dos professores que
participam da Formação são da Área de Humanas, mas sabemos da necessidade dos
demais professores terem acesso a estes momentos e também poder está
contribuindo de forma efetiva na escola. Quero, desde já, agradecer pela
oportunidade de estar participando desta Formação.
Professora Lucélia Muniz
Área de Ciências da Natureza
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