O Diretório Municipal do
Partido dos Trabalhadores de Nova Olinda realizou neste sábado (25) às 19h00min
uma plenária extrapartidária na Câmara Municipal. A plenária estava aberta aos
filiados do PT em nosso município e também a toda a comunidade. O convite para
participar deste momento foi veiculado através das redes sociais pela
Presidente do PT em Nova Olinda – a Vereadora Socorro Matos.
Os principais temas abordados
giraram em torno do V Congresso Nacional do PT, da Análise da conjuntura
política internacional e nacional e do quarto governo do PT e suas perspectivas
futuras.
O encontro começou com uma
breve apresentação dos presentes, desde filiados ao PT em Nova Olinda, membros
de associações, do Instituto do Desenvolvimento Socioambiental Sustentável-IDSS
e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A Presidente do PT em Nova
Olinda – a Vereadora Socorro Matos – deu às boas vidas aos presentes e ressaltou
que tem muito orgulho em estar na presidência do partido em Nova Olinda apesar
das dificuldades. Fala ao se dirigi a conjuntura nacional em seu atual momento,
mas enquanto vereadora quer dividir às responsabilidades de seu mandato a
partir de momentos como o que estava sendo realizado. Ela ressalta que em
momentos como este é possível sentar para poder ouvir, de se dividir as angústias,
de se apresentar soluções e é o que seria ideal, afirma. Para ela, “só assim poderíamos dizer que a
gente faz acontecer”. Ainda ressaltou a importância das pessoas saírem do
comodismo, irem para as mobilizações e realmente se engajarem.
A pauta foi conduzida pela
jovem GEYSE ANNE SOUSA DA SILVA militante do Movimento Negro que teve seu
primeiro contato com o PT através do Movimento Estudantil. Atualmente, a mesma
faz parte da Executiva Estadual do PT.
Ela começa sua fala em torno
das atividades que acontecem voltadas para o Congresso Nacional do PT. Para a
mesma, neste V Congresso, será possível fazer uma atualização, seja através de
programas ou algumas práticas que precisam ser revistas.
E, em seguinte pontua algumas
situações:
Fazendo uma análise da
conjuntura considerando como foi a campanha da Presidenta Dilma e os atuais
desafios enfrentados em seu mandato;
Um segundo ponto sobre a
questão da democracia, observando o que está sendo colocado em risco e como a
mídia tem se posicionado;
Num terceiro ponto, sobre o
PT... o que é o partido? Quais suas instâncias? E, como os filiados devem se
organizar no partido.
Ela destacou que durante a
Campanha de Dilma se levou muito tempo vivendo uma questão de saudosismo dos 12
anos de governo do PT. Onde se tirou muita gente da linha da pobreza, onde a
classe trabalhadora acedeu socialmente, onde colocamos muitos jovens nas
universidades.
Mas, este discurso não estava
aglutinando, não estava dando condições para que Dilma fosse eleita.
Então, a Campanha foi mudando
ao longo do tempo. Passou a ganhar novos lemas como o muda+, mais futuro, mais
mudança. E daí a própria campanha busca uma reflexão do que seria essas
mudanças. O que a população brasileira, realmente queria de transformações?
Dentro desta nova perspectiva
foi se buscar um diálogo com as mulheres, com as organizações LGBT, com a
juventude que participou em massa na campanha. Até porque assegurar os direitos
adquiridos pelos jovens, como de ingressar numa faculdade e até mesmo garantir novos
direitos, isso não viria através do PSDB.
Em 2015 se arrasta um
enfrentamento com a mídia desde o que foi anunciado durante o período da
campanha e das pressões que a mesma passa a exercer sobre o governo.
Por isso é importante estar discutindo
o programa político da Dilma, dentro do próprio PT e das organizações sociais. Pois
os movimentos sociais estão mobilizados, tendo feito mais de 5 mil mobilizações
só este ano em torno de diversas pautas que estavam na Campanha da Dilma.
Destas mobilizações se
retiram encaminhamentos concretos, tais como: reforma política e contra as terceirizações.
Se começa o ano num clima de impeachment
reforçado pelas mobilizações do dia 15 de março e também pelas notícias veiculadas
na mídia. A Rede Globo junto com a Revista Veja, a direita, alguns partidos
políticos que fazem oposição ao governo, hoje ditam qual é a pauta do dia. Ou
seja, quais as matérias que a população brasileira deve assistir ou ter acesso
diariamente, uma mídia operando um golpe contra o governo. A resposta a esta
situação pode vir com a regulamentação da mídia e a defesa da democracia como
um princípio básico. É importante construir e se formar, ter uma formação
política em torno do que é esta regulamentação da mídia, afirma.
Para Geyse, importante
também, é estar num partido político organizado, um partido que tenha uma
tarefa política concreta e que os militantes de base também possam estar
contribuindo com todas as pautas.
Já que o partido está
organizado em setoriais e secretarias, onde precisa ser de fato um partido
mobilizador. Que o partido não seja apenas um espaço utilizado só em época de
campanha, pois possui setoriais para LGBT, do meio rural, de pessoas com
deficiência e secretarias também importantes - Secretaria de juventude, de
negros e negras e de mulheres. Estas secretarias e setoriais servem como
mecanismo para nos organizarmos de acordo com a temática que cada um se
identifica como militante e também para que as lutas possam se unificarem.
Onde o partido político possa
fazer com que as nossas lutas sejam lutas concretas e, as mobilizações de fato
massivas. Por isso que o nosso partido é um partido de massas, prezamos pela
filiação de muitos companheiros e companheiras e que estes espaços servem
exatamente para absorver as nossas bandeiras, destaca Geyse.
Porque dentro da estrutura do
partido, hoje se tem a partir do Congresso Estatutário aprovado algumas
instâncias partidárias, tais como: 50% de mulheres, e no PT se tem paridade;
30% de jovens também nas instâncias partidárias; e, 20% de negros e negras.
O grande desafio está em emponderar
politicamente a participação das pessoas nas referidas instâncias.
Por isso que é importante não
ter apenas a militância partidária, pois os elementos de luta que você pode
trazer para dentro do partido saem dos Movimentos Sociais em que estamos
inseridos.
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