26/04/2015

Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Nova Olinda-CE realiza plenária extrapartidária

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Nova Olinda realizou neste sábado (25) às 19h00min uma plenária extrapartidária na Câmara Municipal. A plenária estava aberta aos filiados do PT em nosso município e também a toda a comunidade. O convite para participar deste momento foi veiculado através das redes sociais pela Presidente do PT em Nova Olinda – a Vereadora Socorro Matos.
Os principais temas abordados giraram em torno do V Congresso Nacional do PT, da Análise da conjuntura política internacional e nacional e do quarto governo do PT e suas perspectivas futuras. 
O encontro começou com uma breve apresentação dos presentes, desde filiados ao PT em Nova Olinda, membros de associações, do Instituto do Desenvolvimento Socioambiental Sustentável-IDSS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A Presidente do PT em Nova Olinda – a Vereadora Socorro Matos – deu às boas vidas aos presentes e ressaltou que tem muito orgulho em estar na presidência do partido em Nova Olinda apesar das dificuldades. Fala ao se dirigi a conjuntura nacional em seu atual momento, mas enquanto vereadora quer dividir às responsabilidades de seu mandato a partir de momentos como o que estava sendo realizado. Ela ressalta que em momentos como este é possível sentar para poder ouvir, de se dividir as angústias, de se apresentar soluções e é o que seria ideal, afirma.  Para ela, “só assim poderíamos dizer que a gente faz acontecer”. Ainda ressaltou a importância das pessoas saírem do comodismo, irem para as mobilizações e realmente se engajarem.
A pauta foi conduzida pela jovem GEYSE ANNE SOUSA DA SILVA militante do Movimento Negro que teve seu primeiro contato com o PT através do Movimento Estudantil. Atualmente, a mesma faz parte da Executiva Estadual do PT.
Ela começa sua fala em torno das atividades que acontecem voltadas para o Congresso Nacional do PT. Para a mesma, neste V Congresso, será possível fazer uma atualização, seja através de programas ou algumas práticas que precisam ser revistas.
E, em seguinte pontua algumas situações:
Fazendo uma análise da conjuntura considerando como foi a campanha da Presidenta Dilma e os atuais desafios enfrentados em seu mandato;
Um segundo ponto sobre a questão da democracia, observando o que está sendo colocado em risco e como a mídia tem se posicionado;
Num terceiro ponto, sobre o PT... o que é o partido? Quais suas instâncias? E, como os filiados devem se organizar no partido.
Ela destacou que durante a Campanha de Dilma se levou muito tempo vivendo uma questão de saudosismo dos 12 anos de governo do PT. Onde se tirou muita gente da linha da pobreza, onde a classe trabalhadora acedeu socialmente, onde colocamos muitos jovens nas universidades.
Mas, este discurso não estava aglutinando, não estava dando condições para que Dilma fosse eleita.
Então, a Campanha foi mudando ao longo do tempo. Passou a ganhar novos lemas como o muda+, mais futuro, mais mudança. E daí a própria campanha busca uma reflexão do que seria essas mudanças. O que a população brasileira, realmente queria de transformações?
Dentro desta nova perspectiva foi se buscar um diálogo com as mulheres, com as organizações LGBT, com a juventude que participou em massa na campanha. Até porque assegurar os direitos adquiridos pelos jovens, como de ingressar numa faculdade e até mesmo garantir novos direitos, isso não viria através do PSDB.
Em 2015 se arrasta um enfrentamento com a mídia desde o que foi anunciado durante o período da campanha e das pressões que a mesma passa a exercer sobre o governo.
Por isso é importante estar discutindo o programa político da Dilma, dentro do próprio PT e das organizações sociais. Pois os movimentos sociais estão mobilizados, tendo feito mais de 5 mil mobilizações só este ano em torno de diversas pautas que estavam na Campanha da Dilma.
Destas mobilizações se retiram encaminhamentos concretos, tais como: reforma política e contra as terceirizações.
Se começa o ano num clima de impeachment reforçado pelas mobilizações do dia 15 de março e também pelas notícias veiculadas na mídia. A Rede Globo junto com a Revista Veja, a direita, alguns partidos políticos que fazem oposição ao governo, hoje ditam qual é a pauta do dia. Ou seja, quais as matérias que a população brasileira deve assistir ou ter acesso diariamente, uma mídia operando um golpe contra o governo. A resposta a esta situação pode vir com a regulamentação da mídia e a defesa da democracia como um princípio básico. É importante construir e se formar, ter uma formação política em torno do que é esta regulamentação da mídia, afirma.
Para Geyse, importante também, é estar num partido político organizado, um partido que tenha uma tarefa política concreta e que os militantes de base também possam estar contribuindo com todas as pautas.
Já que o partido está organizado em setoriais e secretarias, onde precisa ser de fato um partido mobilizador. Que o partido não seja apenas um espaço utilizado só em época de campanha, pois possui setoriais para LGBT, do meio rural, de pessoas com deficiência e secretarias também importantes - Secretaria de juventude, de negros e negras e de mulheres. Estas secretarias e setoriais servem como mecanismo para nos organizarmos de acordo com a temática que cada um se identifica como militante e também para que as lutas possam se unificarem.
Onde o partido político possa fazer com que as nossas lutas sejam lutas concretas e, as mobilizações de fato massivas. Por isso que o nosso partido é um partido de massas, prezamos pela filiação de muitos companheiros e companheiras e que estes espaços servem exatamente para absorver as nossas bandeiras, destaca Geyse.
Porque dentro da estrutura do partido, hoje se tem a partir do Congresso Estatutário aprovado algumas instâncias partidárias, tais como: 50% de mulheres, e no PT se tem paridade; 30% de jovens também nas instâncias partidárias; e, 20% de negros e negras. 
O grande desafio está em emponderar politicamente a participação das pessoas nas referidas instâncias.
Por isso que é importante não ter apenas a militância partidária, pois os elementos de luta que você pode trazer para dentro do partido saem dos Movimentos Sociais em que estamos inseridos.

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