07/03/2015

Mulheres que inspiram - Maria Socorro da Silva

A sétima homenageada da Série Mulheres que inspiram é Maria Socorro da Silva.
Maria Socorro da Silva
Pedagoga;
Coordenadora Geral da Associação Cristã de Base – ACB.

ENTREVISTA
Lucélia Muniz - Dentro do contexto atual, na sua opinião, quais as principais conquistas alcançadas pelas mulheres?
Maria Socorro da Silva - Atualmente ser mulher na essência da palavra já é uma conquista. O conhecimento que cada mulher tem e pode ter hoje, proporcionando a nós se assim tivermos coragem a liberdade de ir e vir, ter vontade e ideias próprias. A compreensão que se tem hoje, de que a independência da mulher passa pelo conhecimento que cada uma possui e também fator econômico. Mulher que trabalha tem uma profissão não precisa ser submissa a ninguém, só se quiser.

Lucélia Muniz - E você, qual sua principal conquista enquanto mulher?
Maria Socorro da Silva - Ser livre, poder trabalhar, pois venho de uma época em que as mulheres eram submissas e sustentadas pelos maridos, pais, irmãos. As oportunidades eram poucas, o poder aquisitivo das famílias. Trabalhei desde cedo, estudei com muita dificuldade. Hoje está numa organização que ajudei a construir, e ter minha independência econômica, sem dever nada a ninguém por isso, é minha maior conquista.

Lucélia Muniz - Em pleno século XXI, quais situações ainda são enfrentadas pelas mulheres? Seja na questão de gênero, na falta de políticas públicas e/ou no contexto socioeconômico.
Maria Socorro da Silva - Pelo fato da maioria das mulheres não terem conhecimento, que lhes permita entender a realidade em que vivem, e se ter uma herança cultural machista, se enfrenta ainda uma situação de exploração e violência contra as mulheres principalmente dentro das famílias. Nesse aspecto ser pobre, negra e mulher é preciso se impor e não se deixar explorar, nem ser discriminada. Apesar das conquistas as políticas públicas destinadas as mulheres são tímidas, as discursões e ações relacionadas as questões de gênero, tem sido poucas, apenas organizações da sociedade civil tem trabalhado essas questões de forma sistemática. As mulheres tem buscado intensamente sua independência econômica, muitas trabalham seja na agricultura, no comércio, no setor público ou outros. A mulher do lar, vem dando lugar a mulher trabalhadora que se joga fora de casa para ganhar o seu dinheiro.

Lucélia Muniz - E como a Educação pode ser usada como uma “arma” no combate a estas situações?
Maria Socorro da Silva - Como falei antes o conhecimento nos leva a frente por isso a educação que se pratica hoje deve levar em conta esses aspectos, formar pessoas para viver bem socialmente, vir a ser sujeitos/as de sua própria caminhada.

Lucélia Muniz - Deixe-nos uma mensagem neste Dia Internacional da Mulher.
Maria Socorro da Silva - Devagar se chega longe, então que todas as mulheres continuem sonhando e lutando pelos seus direitos, semeando carinho, afeto, tolerância e formando seus filhos/as para serem novos homens e novas mulheres. Um tempo de bem viver, de liberdade somos nós que devemos contribuir.

Um comentário:

  1. Vale a pena sonhar e seguir em frente com determinação em nossa caminhada!
    bjs Sandra Portugal
    www.projetandopessoas.com.br

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