17/03/2015

Mulheres que inspiram – Antonia Cirlaedna Pereira da Silva

A décima quarta homenageada da Série Mulheres que inspiram é Antonia Cirlaedna Pereira da Silva.
Antonia Cirlaedna Pereira da Silva
Licenciada em Teatro
Professora na EEEP Wellington Belém de Figueiredo;

Atriz no Grupo Dois de Teatro (em Crato-CE), Louco em Cena (em Barbalha-CE) e Tá na Rua (em Crato-CE).

ENTREVISTA
Lucélia Muniz - Dentro do contexto atual, na sua opinião, quais as principais conquistas alcançadas pelas mulheres?
Cirlaedna Pereira - A conquista dos espaços reservados antes apenas para os homens. Inserção em várias áreas do mercado de trabalho, o direito a liberdade e igualdade de expressão infelizmente ainda em partes.

Lucélia Muniz - E você, qual sua principal conquista enquanto mulher?
Cirlaedna Pereira - A minha principal conquista hoje é o fato de ser uma mulher independente, entendendo o meu lugar no mundo, o quanto trabalhadora, educadora e ser humano acima de tudo.

Lucélia Muniz - Em pleno século XXI, quais situações ainda são enfrentadas pelas mulheres? Seja na questão de gênero, na falta de políticas públicas e/ou no contexto socioeconômico.
Cirlaedna Pereira - No meu ponto de vista, a violência física e psicológica, quantas de nós mulheres não já ouviu “Tinha que ser mulher”, de forma crítica, fria, e calculista. Quantos casos de mortes diariamente por parte daqueles que se sentem dono do corpo e da vida de muitas mulheres. Essas são questões ainda que necessitam urgentemente de mudança.

Lucélia Muniz - E como a Educação pode ser usada como uma “arma” no combate a estas situações?
Cirlaedna Pereira - A Educação é a chave para a transformação, existe a necessidade de se expandir em casa, nas ruas, nas escolas, na sociedade de uma maneira geral, questões de violência contra a mulher e questões de gênero.

Lucélia Muniz - Deixe-nos uma mensagem neste Dia Internacional da Mulher.
Cirlaedna Pereira - Resumiria em um dos pensamentos de Clarice Lispector: “Eu antes era uma mulher que sabia distinguir as coisas quando as via. Mas agora cometi o erro grave de pensar”.
Pensar, ser, agir, fazer acontecer, conquistar! Essa é uma luta diária, constante. Muito se conseguiu até aqui, mas ainda não é hora de cruzar os braços. A luta continua... Eu me amo por ser assim, eu me amo por ser mulher!

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