É evidente
que as novas tecnologias de informação e comunicação impactam o campo dos
direitos humanos, como, aliás, impactam quase todos os outros setores da vida
social. O tempo fica mais curto e ocorre uma substancial redução no monopólio
da informação. Ambos os fenômenos são extremamente positivos para o processo de
emancipação social ao qual a gramática dos direitos humanos também concorre. O
desafio para as organizações é tentar compreender qual o seu novo espaço e como
devem reposicionar seus programas, de forma que eles sejam necessários àqueles
que buscam mudança social via direitos humanos.
Se tomarmos
as recentes mobilizações que utilizaram as redes sociais como plataforma
comunicacional ao redor do mundo, é significativa a presença do discurso de
direitos humanos, seja demandando a qualidade dos serviços públicos, a
democracia ou a igualdade. A questão é saber se as organizações ainda
desempenham um papel central, como parece ter sido o caso nas últimas décadas
do século XX. Assim como os jornais e as redes de comunicação, as organizações
encontrarão seu novo espaço ou perecerão.
Há mudanças positivas mais claras, no entanto, que se referem à possibilidade hoje real de mobilização de enorme quantidade de pessoas em relação a determinados temas e questões, a um baixíssimo custo operacional. Da mesma forma, a tecnologia já permite que a documentação de violações ocorra de maneira difusa e exponencialmente mais ampla que no passado. Essas novas possibilidades, contudo, não esgotam a necessidade das organizações de galvanizar o debate. A forma sintética, fragmentada e multitemática com que as pessoas parecem se integrar em grande parte por meio da internet abre um novo espaço importante para formulações mais sistemáticas e consistentes, que, se adequadamente disponibilizadas, podem ser potencializadas em um novo campo de militância.
Há mudanças positivas mais claras, no entanto, que se referem à possibilidade hoje real de mobilização de enorme quantidade de pessoas em relação a determinados temas e questões, a um baixíssimo custo operacional. Da mesma forma, a tecnologia já permite que a documentação de violações ocorra de maneira difusa e exponencialmente mais ampla que no passado. Essas novas possibilidades, contudo, não esgotam a necessidade das organizações de galvanizar o debate. A forma sintética, fragmentada e multitemática com que as pessoas parecem se integrar em grande parte por meio da internet abre um novo espaço importante para formulações mais sistemáticas e consistentes, que, se adequadamente disponibilizadas, podem ser potencializadas em um novo campo de militância.
Malak
El-Chichini e Oscar Vilhena Vieira. Perspectivas
sobre o Movimento Internacional de Direitos Humanos no Século XXI: as respostas
mudam. SUR. Revista Internacional de Direitos Humanos. Rede Universitária
de Direitos Humanos. v. 1, n. 1, jan. 2004. São Paulo, 2004.
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