09/02/2015

A Sociedade da Informação

(...) demandas crescentes de aprendizagem produzem-se no contexto de uma suposta sociedade do conhecimento, que não apenas exige que mais pessoas aprendam cada vez mais coisas, mas que as aprendam de outra maneira, no âmbito de uma nova cultura da aprendizagem, de uma nova forma de conceber e gerir o conhecimento, seja da perspectiva cognitiva ou social.
A informatização do conhecimento tornou muito mais acessíveis todos os saberes ao tornar mais horizontais e menos seletivos a produção e o acesso ao conhecimento.
Dado que a escola já não pode proporcionar toda a informação relevante, porque esta é muito mais volátil e flexível que a própria escola, o que se pode fazer é formar os alunos para terem acesso e darem sentido à informação, proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem que lhes permitam uma assimilação crítica da informação (Pozo e Postigo, 2000).
Não cabe mais à educação proporcionar aos alunos conhecimentos como se fossem verdades acabadas; ao contrário, ela deve ajudá-los a construir seu próprio ponto de vista, sua verdade particular a partir de tantas verdades parciais.
Todavia, mudar as formas de aprender dos alunos requer também mudar as formas de ensinar de seus professores. Por isso, a nova cultura da aprendizagem exige um novo perfil de aluno e de professor, exige novas funções discentes e docentes, as quais só se tornarão possíveis se houver uma mudança de mentalidade, uma mudança nas concepções profundamente arraigadas de uns e de outros sobre a aprendizagem e o ensino para encarar essa nova cultura da aprendizagem (Pozo e Pérez Echeverría, 2001).

FONTE
Juan Ignacio Pozo. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento.

Fazendo uma análise do texto A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento de Juan Ignacio Pozo se percebe as indagações a cerca desta nova sociedade – a chamada Sociedade da Informação. Essas indagações perpassam desde como se dá a aprendizagem diante deste novo contexto, bem como, a mudança no modo de ensinar. A informação se dá em tempo real, todos os dias somos “bombardeados” com uma série de informações. Eis que nossos alunos e até mesmo, nós professores, temos que nos posicionar criticamente diante desta realidade. Não basta apenas consumir a informação, mas também sermos provedores das mesmas. É necessário sermos formadores de opinião, mas abrir espaço para que nossos alunos sintam-se capazes de ter um ponto de vista próprio a partir de sua compreensão diante desta realidade.
Para o aluno pode até ser mais fácil usar o “Ctrl C” + “Ctrl V”, mas deverá posicionar-se de forma crítica diante da informação dada.
Quanto aos professores, somos eternos aprendizes e, isso passa pela compreensão de que devemos está nos capacitando continuamente para estar acompanhando as mudanças da chamada Sociedade da Informação.
Para a escola, como diz o autor do texto, deverá dar sentindo a informação, em muitos casos a própria escola é responsável pela inclusão digital dos alunos.

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