(...) demandas
crescentes de aprendizagem produzem-se no contexto de uma suposta sociedade do
conhecimento, que não apenas exige que mais pessoas aprendam cada vez mais
coisas, mas que as aprendam de outra maneira, no âmbito de uma nova cultura da
aprendizagem, de uma nova forma de conceber e gerir o conhecimento, seja da
perspectiva cognitiva ou social.
A informatização do
conhecimento tornou muito mais acessíveis todos os saberes ao tornar mais
horizontais e menos seletivos a produção e o acesso ao conhecimento.
Dado que a escola já não
pode proporcionar toda a informação relevante, porque esta é muito mais volátil
e flexível que a própria escola, o que se pode fazer é formar os alunos para
terem acesso e darem sentido à informação, proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem
que lhes permitam uma assimilação crítica da informação (Pozo e Postigo, 2000).
Não cabe mais à educação
proporcionar aos alunos conhecimentos como se fossem verdades acabadas; ao
contrário, ela deve ajudá-los a construir seu próprio ponto de vista, sua verdade
particular a partir de tantas verdades parciais.
Todavia, mudar as formas
de aprender dos alunos requer também mudar as formas de ensinar de seus
professores. Por isso, a nova cultura da aprendizagem exige um novo perfil de
aluno e de professor, exige novas funções discentes e docentes, as quais só se tornarão
possíveis se houver uma mudança de mentalidade, uma mudança nas concepções
profundamente arraigadas de uns e de outros sobre a aprendizagem e o ensino
para encarar essa nova cultura da aprendizagem (Pozo e Pérez Echeverría, 2001).
FONTE
Juan Ignacio Pozo. A
sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento.
Fazendo uma análise do
texto A sociedade da aprendizagem e o
desafio de converter informação em conhecimento de Juan Ignacio Pozo se
percebe as indagações a cerca desta nova sociedade – a chamada Sociedade da
Informação. Essas indagações perpassam desde como se dá a aprendizagem diante
deste novo contexto, bem como, a mudança no modo de ensinar. A informação se dá
em tempo real, todos os dias somos “bombardeados” com uma série de informações.
Eis que nossos alunos e até mesmo, nós professores, temos que nos posicionar criticamente
diante desta realidade. Não basta apenas consumir a informação, mas também
sermos provedores das mesmas. É necessário sermos formadores de opinião, mas
abrir espaço para que nossos alunos sintam-se capazes de ter um ponto de vista
próprio a partir de sua compreensão diante desta realidade.
Para o aluno pode até
ser mais fácil usar o “Ctrl C” + “Ctrl V”, mas deverá posicionar-se de forma crítica
diante da informação dada.
Quanto aos professores,
somos eternos aprendizes e, isso passa pela compreensão de que devemos está nos
capacitando continuamente para estar acompanhando as mudanças da chamada
Sociedade da Informação.
Para a escola, como diz
o autor do texto, deverá dar sentindo a informação, em muitos casos a própria
escola é responsável pela inclusão digital dos alunos.
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