Quando
criança brincava de cinema com meus irmãos, os mesmos faziam cinema
em casa com fotos de monóculos, convidavam as crianças da rua,
cobravam entrada e exibiam fotos da nossa família projetadas em um
lençol na parede.
Quando
adolescente observava às pessoas da cidade de Juazeiro do Norte se
movimentarem pelas ruas, assim como romeiros e romeiras, isso me
chamava a atenção.
Quando
fiquei adulta estudava Geografia na URCA e trabalhava em um
escritório de contabilidade. Pedi demissão, comprei uma câmera
fotográfica e fiz minhas primeiras fotos em 1993.
No
ano seguinte fui trabalhar em uma escola conhecida como Escola do
Vale, trabalhava na secretaria da escola lançando notas e fazendo
folha de pagamento interna. No entanto, essa atividade não me
consumia a manhã inteira daí passava o resto das manhãs na
biblioteca, sala de vídeo, em uma rádio comunitária clandestina a
qual descobrimos como fazia.
Ao
mesmo tempo já era fotógrafa e tinha um trabalho autoral em preto e
branco. Um belo dia a diretora da escola chamada Célia Morais
conversou comigo e me demitiu, silêncio, apreensão e angustia foram
as sensações as quais senti naquele instante. Mas, Célia uma
pessoa maravilhosa me disse, estou fazendo isso para seu bem, pois
você não é para ficar atrás de uma mesa lançando notas de alunos
e alunas. Você é fotógrafa e tem que seguir seu caminho, sua arte.
No
mesmo instante veio a sensação de felicidade, tranquilidade,
sobretudo, liberdade. Esse ano de 2014 comemoro 21 anos de profissão.
Inicialmente
meus pais não queriam que eu seguisse a profissão, pois meu pai
acreditava que um trabalho tinha que ser de 8 horas por dia. Ser
fotógrafa não tem hora nem dia para se trabalhar, além do que ele
sempre achava que não dava dinheiro. Quatro anos depois ele me
presenteou com uma câmera fotográfica e assim entendi que o mesmo
aceitou minha profissão.
O
ser humano, a simplicidade que os faz serem seres humanos, a arte em
meus trabalhos autorais. A cumplicidade com a fotografia e a
eloquência dos instantes fragmentados de luz. Gosto muito de
fotografar os quatro elementos, água, terra, fogo e ar,
principalmente a água e o ser humano.
Fotografia
é sobretudo luz, que se divide em várias outras coisas, como por
exemplo: vida, escrita da verdade, realidade, verossimilhança e, vai
mais além da fotografia... é alma.
Fotografe
e sinta a verdade da sua imagem, ela diz. Não use-a para denegrir
nada nem ninguém, usa-a para ajudar algo, alguém ou alguma coisa,
principalmente a natureza e o ser humano.
Aurenívia
Morais Uchôa - Nívia Uchôa – Natural de Aracati-CE residente em
Juazeiro do Norte- CE.
LUCÉLIA,
ResponderExcluirSou seu mais novo seguidor
Cheguei até aqui através de amigos comuns.
Foi muito bom ter encontrado seu blog ao qual voltarei sempre!
Quanto ao texto eu diria que você saiu casulo da lagarta e metamorfoseou-se na borboleta que agora voa, fotografa,fotografa e você.
Isso é liberdade e arte não existe sem ela.
Voe!
Também, estou lhe convidando para conhecer alguns dos meus blogues cujas temáticas são humor, narrativas de vida e amor.
Amor que transcende,enaltece, valoriza e encanta a vida de cada um de nós.
Confira: e ficaria honrado com sua presença e quem sabe seguir-me:
FALANDO SÉRIO.
http://ptamburro.blogspot.com.br/
FRAGMENTOS DO ACASO
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Se quiser conhecer todos os meus blogs, basta clicar, no meu nome, neste comentário, lá em cima ao lado da chave que espero lhe abra todas as portas.
Um abração carioca
Seguindo teu Blog - FALANDO SÉRIO - Agradecida por está seguindo meu Blog também! Um abraço!
ResponderExcluirAdimirei suas fotos Nívia Uchoâ,principalmente quando duas das suas fotos retrata alguns marcos históricos da Região do Cariri, sendo elas , a foto de uma fruta típica da região o Piqui, um marco do turismo religioso a estátua do Padre Cicero.
ResponderExcluirNívia,
ResponderExcluirAgradeço por ter aceitado o convite para participar da Série Olhares! Muito obrigada por sua contribuição e também pela história de vida emocionante!