Joinville é um município localizado na região nordeste
do estado de Santa
Catarina. Com uma área de 1152 quilômetros quadrados, possuía uma
população de 546 981 habitantes em 2013, o que o configura como o
município mais populoso do estado, à frente da capital, Florianópolis,
o terceiro da Região Sul e o 36º do Brasil.
A cidade possui um dos mais altos índices de desenvolvimento humano
(0,809) entre os municípios brasileiros, ocupando a 21ª posição nacional e a
quarta entre os municípios catarinenses. Joinville ostenta os títulos de "Manchester
Catarinense", "Cidade das Flores", "Cidade dos
Príncipes", "Cidade das Bicicletas" e "Cidade da
Dança". É ainda, conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville,
a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil
e o Joinville Esporte Clube.
Os registros dos primeiros
habitantes da região de Joinville datam de 4800 a.C. Os indícios de sua
presença encontram-se nos mais de 40 sambaquis
e sítios arqueológicos do município.
O homem-do-sambaqui praticava a agricultura,
mas tinha na pesca
e coleta de moluscos
as atividades básicas para sua subsistência.
Índios tupis-guaranis
(especificamente, carijós) ainda habitavam as cercanias quando chegaram os
primeiros imigrantes
europeus. No século XVIII, estabeleceram-se, na região, famílias
de origem portuguesa,
com seus escravos
negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje estado de São
Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Adquiriram lotes de
terra (sesmarias)
nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí
passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz e milho, entre outros
produtos.
Colônia Dona Francisca
No dia 1 de maio
de 1843,
a princesa Dona Francisca Carolina, filha de Dom Pedro I,
casou-se com o príncipe de Joinville François Ferdinand,
filho do rei dos franceses Luís Felipe, e recebeu como dote de casamento um
pedaço de terra próximo à colônia de São Francisco, hoje a cidade de São Francisco do Sul. Em 1846, o engenheiro Jerônimo
Coelho viajou ao local para fazer a demarcação das terras.
Em 1848, o rei dos franceses
Luís Felipe foi destronado e seu filho François se refugiou na Inglaterra.
Ao começar a sofrer dificuldades financeiras, vendeu o território ao então dono
da Sociedade
Colonizadora Hamburguesa, o senador alemão Christian Mathias Schroeder, oito das 25
léguas recebidas como dote. O senador lançou, então, um projeto de povoação de
parte desse território.
De acordo com o historiador
Apolinário Ternes, o
projeto iniciou‐se um ano
antes da chegada da Barca Colon, que partiu de
Hamburgo
em 1851. Em 1850, veio o vice-cônsul Léonce Aubé,
acompanhado de duas famílias de trabalhadores braçais, mais o engenheiro
responsável das primeiras benfeitorias e demarcações do que viria a ser a nova
colônia, e também do cozinheiro franco-suíço Louis Duvoisin. Louis
Duvoisin veio ao Brasil
anos antes com a expedição do 1842, o Benoît Jules Mure, na instalação fracassada do Falanstério do Saí. A barca Colon partiu de
Hamburgo levando os primeiros
imigrantes. No dia 9 de março
do mesmo ano, a barca chegou ao local e foi fundada a Colônia Dona Francisca. A população foi
reforçada com a chegada da barca Emma & Louise, com 114 pessoas. Em 1852, foi decidido que, em
homenagem ao príncipe François, a cidade passaria a se chamar Joinville.
Uma residência de verão foi
construída para abrigar o príncipe e a princesa de Joinville, com um caminho de
palmeiras em frente à casa. Entretanto, nenhum dos dois chegou a conhecer a cidade. A casa que
foi construída para os príncipes atualmente é o "Museu Nacional de Imigração
e Colonização – Palácio dos Príncipes de Joinville", e a via à sua frente
tornou-se a Rua das Palmeiras, hoje ponto turístico da cidade.
Entre as décadas de 1950 e 1980,
a cidade tornou-se essencialmente industrial,
ficando conhecida como "Manchester Catarinense".
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