Lucélia Muniz
Ubuntu Notícias, 15 de março de
2018
*Kézia Adjanne Xavier da Silva, natural de Crato-CE, reside em Santana do Cariri-CE.
*Estudante, Técnica em Redes de
Computadores, acadêmica de Medicina Veterinária.
Entrevista
Ubuntu Notícias - Dentro do contexto atual, na sua opinião, quais as
principais conquistas alcançadas pelas mulheres?
Kézia Adjanne - O direito de expor sua opinião, de ter seu trabalho reconhecido sem que
um homem se aposse dos direitos autorais (como acontecia muito), o direito da
denúncia dos abusos que sofre diariamente, o direito a ter seu espaço nas
diversas artes sem necessariamente ser associada a uma pessoa frágil e
indefesa, e muitos outros, mesmo ainda hoje tendo que resistir aos diversos
tipos de abusos e violências (algo que lutamos diariamente para que haja um
fim).
Ubuntu Notícias - E você, qual sua principal conquista enquanto
mulher?
Kézia Adjanne - A
oportunidade de empoderar outras mulheres e ganhar reconhecimento pelos meus
feitos sem ser questionada com “e o namorado? Pretende casar logo? O que o
namorado acha de você fazer tal coisa?”, ou seja, o direito de ser reconhecida
como pessoa sem ser associada a uma figura masculina.
Ubuntu Notícias - Em pleno século XXI, quais situações ainda são
enfrentadas pelas mulheres? Seja na questão de gênero, na falta de políticas
públicas e/ou no contexto socioeconômico.
Kézia Adjanne - A violência em suas diversas formas (tanto física
quanto psicológica), a desigualdade salarial, a rivalidade feminina que nos é
imposta desde a infância, o assédio, o estupro, o estereótipo que nos é
colocado e muitas outras.
Ubuntu Notícias
- E como a Educação pode ser usada como uma “arma” no combate a estas
situações?
Kézia Adjanne
- Levando em consideração a frase de Nelson Mandela em que ele afirma que
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou
ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem
aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”, pode-se aludir que
diariamente crianças são ensinadas a reproduzir o machismo, e mais do que isso,
a aceitá-lo como algo normal. E, isso deve ser combatido com diálogo e
explicações acerca do tema, pois, diversas vezes atitudes preconceituosas são
feitas pela falta de conhecimento, como foi o caso do debate na cidade de Nova
Olinda sobre “ideologia de gênero”, em que alguns vereadores deram um
verdadeiro show de ignorância sobre o assunto, provando mais uma vez que a
educação e o diálogo são a base para uma sociedade mais justa para todos.
Ubuntu Notícias - Deixe-nos uma mensagem neste Dia Internacional da Mulher.
Kézia Adjanne
- Para as mulheres/meninas que estão lendo essa matéria, vocês podem realizar
qualquer coisa que quiserem, não importa o que seja. Não deixem que comentários
ruins abalem o sonho e a conquista de vocês. Sou mulher a tempo suficiente para
saber que é difícil ser mulher, é um verdadeiro desafio, no entanto, mais do
que nunca contamos com o apoio uma da outra, somos Elas por Elas!
arrasa........ com certeza é muito difícil ser mulher ,mas tenho a certeza de que em um futuro bem próximo nos vamos para de sermos vistas como um sexo frágil apesar de todo o preconceito o mundo esta evoluindo e a educação vai nos ajudar a ter um mundo sem machismo por que hoje somos elas por elas...
ResponderExcluirjamais poderemos deixa que abalem nossos sonhos por que isso é para fracotes e nos não somos fracotes....
já podemos ver a diferença pois antigamente era muito difícil ver uma mulher fora de sua casa,já hoje apesar de a sociedade impor uma diferença grande entre homem e mulher já estamos ocupando bem mais espaço nas empresas e tenho a certeza de que daqui a algum tempo seremos igualadas ao genero oposto. tainara alves